Dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira (8) pelo IBGE, identificaram que há 251 favelas e comunidades urbanas em Alagoas. Destas, 192 estão situadas na capital Maceió, que detém mais de 76% desses territórios.
Ao todo, cerca de 177,9 mil pessoas moram em favelas e comunidades urbanas, onde estão distribuídos 73,7 mil domicílios. Vale do Reginaldo, Grota do Cigano e Grota da Alegria B, todas localizadas em Maceió, são as comunidades com mais habitantes.
A população desses locais também tende a ser mais jovem do que a média. Crianças de 0 a 14 anos representam 25% dos habitantes das favelas de Alagoas. Jovens de 15 a 24 anos constituem cerca de 18,4% dessa população, enquanto os idosos de 60 anos ou mais somam 9,45%.
Nessas comunidades, a proporção é de cerca de 37 idosos a cada 100 crianças.
A idade mediana – idade que separa a metade mais jovem da metade mais velha da população – nas favelas e comunidades alagoanas é de 28 anos. No cenário geral, a mediana do estado é de 32 anos. Ambas medianas são menores do que a média nacional, que é de 30 e 35 anos, respectivamente.
Mais de 60% das pessoas que residem em favelas em Alagoas é parda (107.303 pessoas). Mulheres (51,79%) são maioria entre os habitantes. Analfabetos compõem 18% da população de 15 anos ou mais, índice próximo da média geral alagoana (17,7%), que é a maior do país.
Cerca de 71,3% dos domicílios particulares permanentes localizados nas favelas e comunidades alagoanas possui ligação à rede principal de distribuição de água e a utiliza como forma principal. Do outro lado, 19,2% desses domicílios não possui ligação com a rede geral. A principal forma alternativa de obtenção de água é o uso de poço profundo ou artesiano.
O lixo é coletado em aproximadamente 92% dos domicílios, com 68% abrangidos pela coleta direta pelo serviço de limpeza, enquanto outros 24% precisam fazer uso de caçamba para ter o lixo coletado. Quase 7% dos domicílios jogam lixo em terreno baldio, encosta ou área pública.
Quanto ao esgotamento sanitário, cerca de 35,3% dos domicílios particulares permanentes localizados em favelas alagoanas não possui saneamento adequado e utilizam a fossa rudimentar ou buraco. Contudo, aproximadamente 26,7% estão ligados à rede geral de esgoto.
As favelas e comunidades alagoanas reúnem 8.251 estabelecimentos. Destes, 5.111 são estabelecimentos de outras finalidades (farmácias, lojas, bancos, oficinas, etc); 2.572 edificações em construção ou reforma; 450 estabelecimentos religiosos; 80 estabelecimentos de ensino; 20 estabelecimentos de saúde e 18 estabelecimentos agropecuários.
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