A Defesa Civil do município registrou dois abalos sísmicos na região evacuada do Mutange. O bairro foi um dos afetados pela mineração na capital, assim como Bebedouro, Bom Parto, Pinheiro e parte do Farol.
A Defesa Civil afirma que as magnitudes são consideradas baixas e "não têm potencial de causar danos à superfície ou serem sentidas pela população, só sendo identificadas pelos equipamentos de monitoramento".
Segundo o órgão, o primeiro abalo no Mutange foi registrado às 11h58 da segunda-feira (6), com magnitude local de 1.15. O segundo foi às 13h44, com magnitude local de 1.38.
Após a confirmação, representantes da Defesa Civil Municipal, Estadual e do Exército se reuniram para avaliar a ocorrência.
A Defesa Civil determinou que a Braskem repasse dados a respeito de sondagens nos locais atingidos, já que os eventos podem estar associados ao preenchimento das minas de sal-gema.
O g1 entrou em contato com a Braskem, mas não havia recebido resposta até a última atualização desta reportagem.
Assim que os abalos foram registrados pelos equipamentos de monitoramento, a Defesa Civil acionou os protocolos de segurança e as operações próximas às áreas foram paralisadas preventivamente. Porém, o órgão não informou que tipo de operações.
Há cinco anos, um tremor de terra mudou a geografia de Maceió e a vida de milhares de pessoas. No dia 3 de março de 2018, um abalo sísmico na cidade foi o ponto de partida para uma investigação sobre o surgimento de rachaduras e afundamento do solo que atingiram cinco bairros da capital.
O dano causado pela extração de sal-gema feita durante décadas pela Braskem é um dos maiores desastres socioambientais da história do país. A petroquímica diz que "vem adotando medidas com foco na segurança das pessoas e na busca de soluções para os efeitos do fenômeno geológico, em colaboração estreita com o poder público.
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