‘Maceió pede socorro’. ‘Braskem criminosa’. ‘Maceió está afundando’. Essas são algumas das mensagens projetadas em prédios de São Paulo para denunciar o crime ambiental provocado pela mineradora. A situação na capital alagoana vem ganhando destaque no Brasil e no mundo.
Cinco bairros de Maceió foram afetados e milhares de pessoas deixaram suas casas, provocação a evacuação dos imóveis e até mesmo de um hospital. Com o risco iminente de colapso em uma das minas monitoradas pela Defesa Civil, que pode provocar o surgimento de uma imensa cratera, a prefeitura de Maceió decretou situação de emergência.
As minas da Braskem em Maceió são cavernas abertas pela extração de sal-gema durante décadas de mineração na região. Essas cavernas estavam sendo fechadas desde 2019, quando o Serviço Geológico do Brasil (SGB) confirmou que a atividade realizada havia provocado o fenômeno de afundamento do solo na região, o que obrigou a interdição de uma série de bairros da capital alagoana.
Em 2018, foram identificados danos semelhantes em imóveis e ruas do bairro do Mutange, localizado abaixo do Pinheiro e à margem da Lagoa Mundaú; e no bairro do Bebedouro vizinho aos outros dois. Em junho de 2019, moradores do bairro do Bom Parto relataram danos graves em imóveis.
Desde então, o Ministério Público Federal em Alagoas (MPF-AL) acompanha o caso, tendo assumido, em dezembro de 2018, a apuração dos fatos e iniciado atuação preventiva em favor dos moradores.
Em julho deste ano, a prefeitura da cidade fechou um acordo com a empresa assegurando ao município uma indenização de R$ 1,7 bilhão em razão do afundamento dos bairros, que teve início em 2018.
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