Os meses de fevereiro e março serão marcados por diversas reuniões entre parceiros públicos e privados e coordenação da Expedição Científica, realizada pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) na Região do Baixo São Francisco. Na pauta central, a ampliação das diversificadas ações científicas e de extensão direcionadas às comunidades ribeirinhas de municípios alagoanos e sergipanos contemplados pelo evento científico.
Estratégias para dotar a expedição de barco-saúde para a ampliação das ações nessa área vêm sendo trabalhadas, além de atendimentos relacionados à saúde bucal, testes de RTs -PCR, prevenção de AVC (Acidente Vascular Cerebral), cirurgias de edemas cutâneos, dentre outros.
A equipe esse ano está se empenhando para que as ações se estendam também à saúde da mulher e à realização de exames bioquímicos em comunidades tradicionais, quilombolas e indígenas.
A 5ª. Expedição Científica será de 3 a 13 de novembro e é considerada o evento cientifico de maior projeção em águas brasileiras. O município sergipano Gararu foi incluído esse ano no roteiro da expedição para receber a equipe de pesquisadores.
Sobre o trabalho empreendido que visa a cada edição ampliar as ações em conexão com as demandas existentes na região, o coordenador geral Emerson Soares ressalta: “nas metas para a edição de 2022 estão o Selo de Indicação Geográfica de produtos como mel e bordados, como também a criação de um Bosque da Ciência. Outra meta, alvo do trabalho, é dar início as tratativas Startup da água e aquário de integração com o Museu do Velho Chico”. Também estão programadas a produção de um livro, de dois documentários e de cartilha de informação para a população ribeirinha.
As metas de ampliação contemplam também as tratativas para implementar o primeiro acordo de pesca na Região do Baixo São Francisco. A discussão e modernização de portarias de defeso das espécies reofílicas da região, está no alvo de atividades a serem realizadas pela equipe expedicionária.
Na pauta de discussão para a ampliação do evento está a seleção de novas áreas de pesquisa com a execução de projetos, como o de chipagem de juvenis de espécies nativas e acompanhamento das áreas povoadas. A criação de um novo Programa de Biomonitoramento, já está em andamento, implementação do projeto para reaproveitamento das macrófitas aquáticas e o reflorestamento de duas áreas marginais na região do Baixo São Francisco, estão também no elenco de prioridades.
Quanto ao empenho para a ampliação da Edição de 2022, segundo o professor Emerson Soares, há perspectiva de parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) com selo da instituição. E no contexto de parcerias com prefeituras ribeirinhas, com consolidada interação da equipe com o poder público, em diversas atividades, ele destaca o interesse de impulsionar o turismo ecológico e de instalar o Fórum de Prefeitos do Baixo São Francisco, estreitando, assim, cada vez mais, os laços com o poder público “A exemplo das demais edições, prefeituras de Alagoas e de Sergipe estarão engajadas marcando participação nas ações traçadas e realizadas, em parcerias, com êxito”, frisa ele.
Doação de material escolar e de equipamentos como notebook e outros equipamentos tecnológicos para escolas ribeirinhas, continua na diversificada programação de atividades da expedição, assim como a continuidade do trabalho de catalogação e mapeamento dos sítios arqueológicos submersos. Quanto à instalação de fossas agroecológicas, realizada por meio de parcerias, o coordenador diz que a meta este ano é que contemple mais seis comunidades ribeirinhas.
Nas parcerias já confirmadas para a 5ª edição estão o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de Alagoas (SEMARH-AL), Pedreira Triunfo, além de algumas prefeituras ribeirinhas, universidades e instituições de pesquisa e também de assistência técnica.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), também são parcerias já confirmadas e de relevante importância para a realização do evento.
Sobre o tema da próxima edição, mesmo ainda não definido, Emerson diz que a ideia a ser trabalhada já foi definida: “Do Litoral ao Sertão, Ciência, Saúde e Educação, e aproveitou para anunciar outra novidade: “A equipe está tentando construir projetos desenvolvidos dentro da expedição que poderão resultar na primeira defesa de mestrado em uma das cidades alvo dos estudos científicos durante a realização do evento, com temática dentro da linha de selo de indicação geográfica”.
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