A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem deverá ser intalada nesta quarta, 13, às 9h. A instalação é quando acontece a primeira reunião para definir os presidente, vice-presidente, relator e iniciar os trabalhos. A informação foi confirmada à coluna pela assessoria de imprensa do senador Otto Alencar (PSD-BA), membro mais velho do colegiado, responsável por agendar e conduzir a reunião que dá início às investigações.
A expectativa, segundo apurou a coluna, é de que o senador Omar Aziz (PSD-AM) seja o presidente e Renan Calheiros (MDB-AL), o relator. O entendimento do senador Otto é de que a CPI deveria ter sido criada pela Assembleia Legislativa de Alagoas, em razão da crise ambiental instalada no estado alagoano. Mas que no cenário atual, a incumbência será do Senado.
A instalação estava prevista para esta terça, 12, mas foi remarcada para quarta. O governo Lula (PT) agia para tentar evitar a instalação por receio de que a investigação sobre avance sobre a Petrobras, que possui cerca de 35% de participação na Braskem. A CPI ganhou força com a crise do afundamento de terrenos em Maceió (AL) sobre minas de extração de sal-gema, matéria-prima da soda cáustica.
Pela manhã, o presidente Lula (PT) fez uma reunião com representantes políticos de Alagoas para tentar achar uma solução à crise. Estiveram no encontro o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), os ministros Renan Filho (Transportes), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), o governador Paulo Dantas (MDB), o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), e os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Rodrigo Cunha (Podemos-AL) e Fernando Farias (MDB-AL).
À coluna, Calheiros disse o governo informou que tentará um caminho para Braskem pagar as dívidas com os alagoanos. "Colocamos que colaboraremos com o possível, mas a Braskem precisa pagar pelo crime. E que os caminhos que buscamos continuarão, inclusive a CPI", relatou.
O minsitro Rui Costa evitou falar sobre a posição do governo em relação à instalação da CPI. Ele disse a jornalistas que na reunião foi definido "um pacto onde todos se comprometeram a deixar eventuais disputas políticas de lado para colocar em primeiro lugar o interesse da população, a situação da população. Todos saíram com esse pacto de deixar eventuais rusgas políticas de lado e priorizar o interesse da população. Foi unânime a posição de todas as representações políticas de aceitar essa sugestão do presidente", disse Costa.
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