03/02/2023 09:00:24
Alagoas
Itec tem parte de sua trajetória contada por importante site de história de AL
Edberto Ticianeli traçou os primeiros passos em 1977 do Centro de Processamento de Dados, hoje Itec
Ascom Itec
Agência Alagoas

O Instituto de Tecnologia em Informática e Informação (Itec) teve o início da sua trajetória contado na matéria História da Informática em Alagoas, realizada pelo jornalista Edberto Ticianeli e publicada recentemente no site História de Alagoas, importante canal de divulgação da memória estadual. Munido de depoimentos de pessoas que vivenciaram a chegada em Alagoas da então nova área do conhecimento, o jornalista partiu do macro para o micro, tendo como ponto de partida a criação, em Harward nos EUA, do primeiro computador em 1944 até desembarcar em Alagoas, no surgimento em 1967 da Fundação Instituto de Tecnologia e Pesquisas de Alagoas (Fitpal).

O surgimento desta Fundação e a criação em 1972 do Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), foram o estopim para o interesse do Governo Estadual em também querer ter o seu Centro de Processamento de Dados (CPD). Esse desejo deu início à história do único órgão de TI do Governo de Alagoas, o Itec. A Fitpal era, inclusive, vinculada à então Secretaria de Planejamento de Alagoas, hoje Seplag.

“Pesquisar sobre os primeiros passos da informática em Alagoas foi uma das missões mais prazerosas que tive. Parte importante das informações publicadas estava no excelente livro “Aspas Tecnológicas – A História da Informática Pública Alagoana Pela Ótica de Seus Construtores”, uma edição feita pelo Itec, rara iniciativa de uma instituição pública, pois são poucas as que se preocupam com a sua história” disse o jornalista Edberto Ticinaneli.

O próprio Jornalista, quando estudante, foi contemporâneo de boa parte dos acontecimentos e transformações trazidas ao Estado pela chegada da informática.

“Enquanto aluno de engenharia da Ufal, em 1975, tive contato com as disciplinas elementares sobre computação e programação, ainda com a linguagem Fortran, e assim convivi com muitos dos que empenharam suas inteligências para a criação desse importantíssimo campo do conhecimento tecnológico. Sinto-me privilegiado por ter organizado essas informações, principalmente por colocar luz sobre os principais personagens dessa odisseia”, finalizou o Jornalista.

Para reconstruir os primeiros passos digitais alagoanos, além do livro digital disponibilizado pelo Itec, Ticianeli conversou com Raymundo Fernandes, servidor do Itec desde 1988, quando o Órgão ainda era Instituto de Processamento de dados (IPD) e com Odilon Perel, que lhe passou informações importantes sobre Cícero Perel, seu pai e um dos pioneiros em Alagoas, falecido recentemente em outubro de 2022. Contou também com a contribuição da engenheira Lygia Carnaúba, viúva de Tarcizo Carnaúba, responsável por trazer o primeiro computador para Alagoas e dos professores Fernando Gama e Marcus Braga, conhecidos de seus tempos na Universidade.

A matéria teve boa repercussão entre os mais antigos servidores do Itec ainda na ativa. Para Tereza Olegário, no Instituto desde 1978, a história do Itec é, antes de tudo, de resiliência. “Eu cheguei recém-saída da adolescência para trabalhar como digitadora no antigo CPD, ainda vinculado ao Serpro e que depois foi absorvido pelo Estado em 1980. tornando-se IPD e no ano de 1988 passei a ser programadora. Acompanhei essas transformações no Órgão, tanto em tecnologia como em modo de trabalho e modificações de formato de sua estrutura administrativa. É uma história de resiliência dos que encabeçaram esse projeto e que, com o passar dos anos, precisaram acompanhar as evoluções tecnológicas, que hoje acontecem praticamente todo dia. Então, é um órgão que vem se transformando e, juntamente com ele, as pessoas também vão se reinventando” explicou Olegário, hoje psicóloga e Gerente de Valorização de Pessoas do Instituto.

O servidor Luiz Eugênio Barroca construiu sua vida profissional no Instituto, onde iniciou como estagiário e chegou a ser diretor-presidente. “Parece que foi ontem que, para poder iniciar meu estágio, fiz uma prova onde tinha que deixar prontos três programas na antiga linguagem Cobol. Tenho muito orgulho da minha trajetória e da de tantos outros colegas e essa matéria fez passar um filme na nossa cabeça. É uma história que precisa ser contada e documentada, pois deixa evidente também a importância das pessoas nesse processo ao longo dos anos e da necessidade de valorização desses profissionais” declarou Luiz Eugênio, que em 2019 foi agraciado com a Medalha do Mérito Sílvio Carlos Luna Vianna, pelo seu trabalho junto ao Itec.

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