A motorista de aplicativo Alayne da Silva Oliveira, de 28 anos, que foi baleada durante uma suposta tentativa de latrocínio, em Maceió, há oito dias, tem reagido bem ao tratamento médico e foi transferida da Unidade de Terapia Intensiva para a enfermaria do Hospital Geral do Estado, no Trapiche. Ela falou pela primeira vez sobre o caso nesta terça-feira, 28, em entrevista reproduzida pela assessoria do HGE.
“Amanheci o dia literalmente lutando contra a morte, tentando estancar o sangue que escorria de minha cabeça. Só no outro dia fui encontrada pelos policiais e amigos, que me conduziram até a UPA [Unidade de Pronto Atendimento]. A partir daí não lembro de mais nada! Quando acordei já estava no HGE, um tanto confusa, achando que ainda estava na UPA”, recordou Alayne. Veja o boletim médico atualizado.
O Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, informa que a paciente Alayne da Silva Oliveira, de 28 anos, está internada em enfermaria na Área Verde e seu estado de saúde permanece estável. Ela chegou na segunda-feira (20), às 8h53, com perfuração por arma de fogo em crânio e ferimento na mão esquerda", diz a nota do hospital.
Com perfuração no crânio, causada por arma de fogo, além de uma lesão na mão esquerda, a motorista por aplicativo Alayne da Silva Oliveira, de 28 anos, chegou ao Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, no último dia 20 de junho. Em estado grave, ela passou por cirurgia e, após ter a vida salva pela equipe multidisciplinar, permaneceu internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), de onde recebeu alta médica nesta terça-feira (28), sendo encaminhada para a Enfermaria.
Segundo relatos de Alayne da Silva Oliveira, ela foi alvo de criminosos que teriam anunciado um assalto e, após tentarem matá-la, abandonaram-na em uma estrada de barro. De acordo com a paciente, ela tinha iniciado a corrida por meio de um aplicativo de transporte, quando os envolvidos no crime a renderam durante o trajeto. Após receber os disparos, ela lembra que fingiu estar morta para tentar escapar da emboscada. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Alagoas (PC/AL).
Cirurgia e recuperação - Os ferimentos de Alayne foram muito graves. Ela chegou ao HGE às 8h53 do último dia 20 de junho, recebeu o atendimento multidisciplinar na Área Vermelha Trauma, foi submetida à tomografia computadorizada e levada ao Centro Cirúrgico, onde se submeteu a uma craniectomia descompressiva com debridamento em tecidos desvitalizados e drenagem de hematoma cerebral, com remoção de fragmentos do projétil.
“A cirurgia foi um sucesso! Logo após já demonstrou reação. O prognóstico dado pela neurocirurgiã Jeane Ricardo foi muito positivo. Isso nos animou! Nos agarramos na esperança de salvar a vida dela. Vários profissionais se envolveram no caso, sensibilizados pela história de superação. Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), cada resultado de intervenção foi celebrado pela equipe. Ela é muito forte! Teve uma boa evolução no tratamento. Demonstrou muita vontade de viver”, afirmou o gerente do HGE, o médico Paulo Teixeira.
Consciente, orientada e esclarecida sobre todos os acontecimentos após a suposta tentativa de latrocínio, Alayne já recebeu alta da UTI e segue o tratamento em enfermaria na Área Verde. Apesar da excelente recuperação, os especialistas acreditam que ela precisa concluir medicações, se submeter a mais exames e ser observada pela equipe multidisciplinar. Apesar da gravidade dos ferimentos, as sequelas maiores são psicológicas.
“Mas não quero deixar de trabalhar como motorista por aplicativo. Há dez anos trabalhei como garçonete e supervisora em restaurantes, até decidir pedir demissão para trabalhar desse jeito, fazendo os meus próprios horários e metas. Gosto de rodar, atender os clientes; talvez inspirada no meu pai e irmãos, motoristas de ônibus, e no meu namorado, que também dirige veículo de aplicativo. É assim que corremos atrás do melhor para a nossa família e vamos vencendo na vida”, disse ela.
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