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 Nelson da Rabeca, patrimônio da cultura alagoana, que faleceu na manhã desta sexta (22), foi velado em Marechal Deodoro. Ele morreu aos 81 anos, após ficar internado no Hospital Geral do Estado (HGE), com fortes dores nas pernas e no estômago.

O velório ocorreu na casa do próprio músico, no bairro Poeira. O enterro, com previsão para o final da tarde, acontece no Cemitério Nossa Senhora do Carmo, localizado no mesmo município.

Segundo informações do Hospital Geral do Estado, o músico estava com quadro infeccioso grave. Inicialmente, ele foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Marechal Deodoro, mas precisou ser transferido para o HGE, em Maceió.

Keyler Simões, diretor da FMAC em Marechal Deodoro, que esteve presente no velório, falou sobre a importância do músico. "Um lutador. Pela sua simpatia, pelo seu talento na rabeca, ele conquistou diversas gerações de músicos, de artistas no Brasil e fora. Ele já viajou para fora do país. Com o cantor Gilberto Gil, que na época era ministro, e Hermeto Pascoal, ele fez grandes parcerias ", ressaltou Keyler.

A cidade de Marechal Deodoro declarou luto oficial de três dias após a morte. O município, por meio de nota, lamentou o falecimento do mestre popular. "Um dos maiores nomes da cultura alagoana, Seu Nelson tinha 81 anos e era conhecido nacional e internacionalmente pela desenvoltura com o instrumento que carregava em seu nome."

LEGADO

Nelson da Rabeca entrou para o mundo artístico aos 54 anos ao ver uma apresentação de violino da televisão. Ele aprendeu sozinho a tocar o instrumento.

Com mais de seis mil rabecas construídas e quatro álbuns na bagagem, um deles lançado em 2018 com o músico suíço Thomas Rohrer, Nelson da Rabeca contava em seus shows e em seus discos com a participação da sua esposa, Dona Benedita, nos vocais.

Fonte: Gazeta Web

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