O Instituto de Criminalística de Maceió confirmou, na manhã desta quinta-feira (13), que periciou os dois carros envolvidos em um acidente de trânsito com vítima fatal no Bairro da Santa Amélia em Maceió. O órgão da Polícia Científica já sabe que um dos veículos estava há 100 km por hora no momento da colisão.
A colisão entre um Fiat Cronos e um Honda Fit, aconteceu no dia 28 de maio, na Avenida Jorge Montenegro de Barros. Na ocasião do fato, como a prioridade sempre é salvar as vidas das vítimas, o Instituto de Criminalística (IC) de Maceió não foi acionada para fazer a perícia no local do sinistro.
O motorista do cronos, um homem de 25 anos, foi socorrido para um hospital particular com fratura exposta no membro inferior esquerdo e um ferimento em membro inferior direito. Enquanto a condutora do Honda Fit, Isabel Cristina dos Santos Rocha, de 59 anos, foi socorrida para outra unidade hospitalar em estado grave, e faleceu no mesmo dia.
Com a confirmação do óbito e registro da ocorrência policial pela família da vítima fatal cobrando esclarecimentos, a Delegacia de Acidentes da Capital, chefiada pelo Delegado Carlos Alberto Reis instaurou inquérito policial. Na quinta-feira (6), a Polícia Civil acionou o IC para realizar uma perícia de constatação dos danos nos veículos.
No mesmo dia, os peritos criminais José Adriano e Hugo Moreira foram para o depósito onde estavam os dois veículos para examiná-los. No local, eles mediram as deformações dos veículos e, mediante cálculos, foi possível determinar a força necessária para produzir o dano, e a velocidade correspondente.
Considerando ser possível a análise do sistema eletrônico do automóvel Fiat Cronos, o perito criminal, José Adriano, explicou que eles decidiram enviá-lo para a oficina de uma concessionária autorizada da marca em Maceió, para uma perícia complementar. Na terça-feira (11), os dois peritos junto com a perita criminal Cyntia Toledo foram até a oficina da concessionária e rastrearam o sistema eletrônico, onde foi detectado que o carro havia colidido quando trafegava a 100Km/h.
“Ressaltamos que essa velocidade é a do momento da colisão. Como não teve perícia no dia do sinistro, caso existisse marcas de frenagem na pista, a velocidade correspondente a essa perda de energia seria somada vetorialmente aos 100km/h e essa velocidade seria aumentada”, explicou o perito criminal José Adriano.
Engenheiro mecânico, o perito criminal Hugo Moreira, recém-nomeado, explicou que a classificação dos danos, segundo a legislação, se enquadra em uma colisão de grande monta e, segundo a literatura técnica, do tipo gravíssima.
Os peritos criminais agora estão na fase de trabalhos internos para elaboração dos laudos periciais, onde constarão todos os detalhes técnicos das análises realizadas até o momento. Quando pronto, o resultado dessa perícia será encaminhado para a Delegacia de Acidentes de Trânsito da Capital.
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