Há cinco dias, os agentes de saúde comunitários de Maceió seguem ocupando o prédio-sede da Secretaria de Economia e Finanças de Maceió, que fica no Centro da cidade. Sem avanços na negociação com a prefeitura, os agentes afirmam que não há previsão para deixar o local.
A categoria permanece no prédio como protesto para cobrar o cumprimento do pagamento do piso salarial, que é de R$ 2.424. Segundo Alessandro Fernandes, diretor do Sindicato dos Servidores da Secretaria de Saúde do Município de Maceió (Sindsaude), até o momento a prefeitura não esboçou nenhuma movimentação para tratar do assunto.
"Até o momento, ninguém da prefeitura se manisfestou para que se abrisse o diálogo e a negociação voltasse a acontecer. Uma decisão da categoria de se manter até que haja uma proposta concreta para que possamos apresentar aos servidores e, sendo satisfatória dentro do pleito que estamos solicitando, vamos desocupar e o serviço retornar. No entanto, o que mais nos preocupa é a falta de sensibilidade do prefeito de não se manisfestar sobre a questão. Não há vontade de resolver. A gente sabe que com a ocupação está ocorrendo um prejuízo diário aos cofres do município e também à população que necessita do serviço. Lamentável essa postura", colocou o sindicalista.
O movimento continuará, segundo o sindicato. Uma assembleia geral será realizada nesta segunda-feira (05). "Estamos organizando outras atividades, além dessa ocupação, até que o pleito da categoria seja atendido pelo prefeito de Maceió", acrescentou Alessandro Ferreira.
SEM AVANÇOS NAS NEGOCIAÇÕES
Após assembleia geral, realizada na última sexta-feira (02), os servidores decidiram seguir no local, porque não houve retorno da Prefeitura de Maceió sobre o cumprimento ou não do piso salarial. De acordo com lideranças do movimento, a ocupação na sede da Secretaria de Finanças irá permanecer até que haja uma resposta favorável do órgão municipal.
O piso salarial para os agentes de saúde está previsto na Emenda Constitucional (EC) 120/2022 que impõe o pagamento a esses profissionais a um valor que não seja inferior a dois salários mínimos.
De acordo com os profissionais, a Prefeitura Municipal apenas implantou uma complementação salarial após a aprovação da lei que estabelece o piso, contrariando a legislação. Na semana passada, os profissionais já haviam paralisado os serviços para cobrar o pagamento do piso nacional, mas não houve avanço nas negociações com o município.
Por causa da ocupação, que ocorre desde o dia 31 de agosto, a Prefeitura de Maceió suspendeu os atendimentos presenciais.
Fonte:Gazetaweb
E-mail: [email protected]
Telefone: (82) 9-9672-7222