A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) lançou o Projeto de Prevenção de Uso e Abuso de Substâncias Psicoativas no Sistema Prisional, na Penitenciária de Segurança Máxima (PENSM), localizada na parte alta de Maceió. A ação tem o objetivo de garantir aos presos o acesso à saúde por meio de uma equipe multidisciplinar e a oferta de serviços para ocupar o tempo ocioso dos reeducandos.
O projeto, fruto de uma parceria da Sesau com a Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris), irá disponibilizar psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais para os presos. O setor de Supervisão de Atenção Psicossocial (Suap) irá dar todo suporte técnico e apoio às ações que acontecerão quinzenalmente. Inicialmente, a primeira unidade contemplada com o projeto será o Núcleo Ressocializador da Capital (Nurec), que é uma unidade modelo, onde os reeducandos já trabalham e estudam.
De acordo com a psicóloga, Jacqueline Régia, o projeto foi pensado a partir de visitas feitas ao Sistema Prisional de Alagoas, onde foi observado que uma grande quantidade de reeducandos é usuária de drogas e álcool. “Existe o uso da substância, o abuso, que já caracteriza o uso excessivo e existe a dependência química que já é a doença instalada. Por isso, pensamos em como deveríamos auxiliar nesse sentido e estruturamos esse projeto. Para prevenir esse uso excessivo e dependência, nós vamos trabalhar com promoção de saúde, focando no desenvolvimento das competências pessoais desses reeducandos, com trabalho de habilidades sociais e de comunicação com eles, com rodas de conversas, com a própria família deles”, esclareceu a psicóloga.
O projeto irá proporcionar rodas de conversas, desenvolvimento de habilidades, apoio familiar com o fortalecimento de vínculos, atividades esportivas, práticas integrativas como meditação e ioga, atividades de lazer, oficinas para auxiliar o tempo ocioso, além de estratégias para reduzir a ansiedade dos reeducandos.
Para o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, o objetivo do programa é de extrema importância, visto que o acesso à saúde é um direito de todos. “Esse programa ajudará dezenas de famílias que infelizmente foram destruídas por causa da dependência química. Acredito que com esse projeto, os reeducandos possam ficar livres do vício para que, no tempo estipulado pela Justiça, possam voltar para o convívio social da melhor forma possível. Além de ajudar eles, nós vamos ajudar as famílias com o fortalecimento dos vínculos, muitas vezes já inexistentes”, salientou.
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