04/05/2022 19:30:07
Alagoas
Sesau orienta municípios a intensificarem ações contra o Aedes aegypti
Sesau orienta que municípios intensifiquem busca ativa aos focos do Aedes aegypti para evitar epidemia de dengue
Reprodução
Redação com assessoria

Diante do aumento de casos de dengue, Zika e chikungunya em Alagoas, no primeiro quadrimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) emitiu Nota Técnica aos 102 municípios, orientando sobre a intensificação das ações de combate ao Aedes aegypti, transmissor das três doenças. A medida visa mobilizar os agentes de endemias municipais para que intensifiquem a busca ativa dos focos do mosquito vetor, bem como, mobilizar as Secretarias Municipais de Saúde (SMSs) para que promovam ações educativas junto à população, evitando uma epidemia das três arboviroses este ano.

De janeiro a abril deste ano, Alagoas registrou 2.870 casos de dengue, contra 491 do mesmo período do ano passado, o que representa um aumento de 584%, mas sem o registro de óbitos confirmados. Com relação à chikungunya, o Estado registrou 413 casos nos quatro primeiros meses deste ano, contra 53 em 2021, o que equivale a um crescimento de 779%. E quanto à Zika, foram confirmados 34 casos nos primeiros quatro meses do ano passado, contra 143 neste ano, evidenciando uma alta de 420%.

Conforme a Nota Técnica, no acumulado das Semanas Epidemiológicas de 1 a 16, já são 3.361 casos suspeitos de dengue em 62 municípios, o que representa 60,68%. Já os 40 municípios restantes estão sem registro, considerados silenciosos. Já nas últimas quatro Semanas Epidemiológicas, de 13 a 16, são 40 os municípios que apresentam com notificações, com destaque para os municípios de Atalaia, Barra de São Miguel, Branquinha, Marechal Deodoro, Matriz do Camaragibe, Porto de Pedras, Quebrangulo e União dos Palmares, que sinalizam para situação de alerta e risco de surto ou epidemia

Segundo Diego Hora, gerente de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis, é importante que as Secretarias Municipais de Saúde intensifiquem as ações de campo, por meio dos agentes de endemias. “Com a elevação dos casos de dengue em mais de 500% este ano, em comparação ao mesmo período do ano passado, requer das equipes de vigilância epidemiológica, entomológica e de Atenção Primária, agilidade para a tomada de decisão quanto à intensificação simultâneas das atividades de assistência ao paciente suspeito entre as arboviroses e o controle vetorial”, salientou.

Vigilância e Assistência – Diego Hora enfatizou que, na área de Vigilância Epidemiológica, as SMSs devem acompanhar e monitorar, diariamente, as notificações dos casos suspeitos entre as arboviroses e atuar para a tomada de decisão quando sinalizada a elevação desses registros. Ele recomendou, também, a intensificação da busca ativa nos prontuários e fichas de atendimentos das portas de entrada das urgências e emergências, no intuito de captar casos subnotificados, além de monitorar os casos suspeitos, realizar a investigação em tempo real dos casos e óbitos notificados.

Com relação ao Controle Vetorial, o gerente de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis, ressaltou que as gestões municipais devem promover ações integradas entre as áreas de saúde e educação e mapear os territórios com maior índice de infestação predial, realizar bloqueios de transmissão. Os agentes de endemias municipais também devem intensificar as visitas domiciliares e as SMSs devem utilizar a pulverização com fumacê em casos específicos, onde exista a ocorrência de óbitos suspeitos e a taxa de incidência seja igual ou superior a 300 casos por 100 mil habitantes.

Por fim, quanto à assistência, Diego Hora orientou que os gestores municipais devem sensibilizar os profissionais de saúde para a detecção oportuna dos pacientes com suspeita de dengue, Zika e chikungunya. “Para isso devem ser priorizadas as práticas do manejo clínico adequado, evitando, desse modo, a evolução dos casos para as formas graves das doenças, o que pode levar ao óbito dos pacientes”, frisou o gerente de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis, reforçando que cada cidadão deve fazer a sua parte no combate ao Aedes aegypti, mantendo limpas as residências, tampados os recipientes que acumulem água e evitando o cultivo de plantas aquáticas.


 

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