04/02/2024 07:16:03
Alagoas
Sob sol forte, Pinto da Madrugada arrasta foliões na orla de Maceió
A concentração foi no início da Pajuçara. Por volta das 10h, o bloco saiu pela avenida. Muitos foliões acompanharam o percurso e outros ficaram assistindo ao desfile
Ailton Cruz
Redação com GazetaWeb

O Pinto da Madrugada desfilou pela orla de Maceió, arrastando milhares de foliões neste sábado (3). O bloco, que é patrimônio imaterial de Alagoas, comemorou seus 25 anos reunindo mais de 400 mil pessoas pela avenida.

A concentração foi no início da Pajuçara. Por volta das 10h, o bloco saiu pela avenida. Muitos foliões acompanharam o percurso e outros ficaram assistindo ao desfile.

A festa contou com 16 orquestras com músicos de vários municípios alagoanos, além de carros alegóricos, mascote, ala de estandartes antigos, alegorias, fantasias, passistas. Nem as altas temperaturas atrapalharam a animação dos foliões.

Um dos fundadores do bloco, Eduardo Lira, contou que o Pinto é um projeto criado de forma despretensiosa em 1999 para retomar o carnaval em Maceió, principalmente o frevo. “É um alegria muito grande nesses 25 anos ver a avenida comemorando com muita festa, muita determinação e muito frevo no pé”, comemorou.

Para os organizadores, o desfile superou as expectativas. “Passamos dos 400 mil foliões. Um evento democrático que traz muita alegria e cultura para o povo. A gente está muito feliz com essa festa maravilhosa para os foliões”, falou.

Um dos grandes destaques do Pinto foram os foliões que abusaram da criatividade nas fantasias e saíram com muita alegria e irreverência.

O professor Eraldo Ferraz se produziu para levar o estandarte do bloco. “Há 25 anos, desfilo no bloco. Eu amo”, falou o educador, que esqueceu um pouco a sala de aula e caiu no embalo do frevo.
A foliã Vilma foi com duas irmãs. Todas estavam fantasiadas de pirata. "É uma tradição que a gente mantém em todo carnaval que é usarmos a mesma fantasia", disse.

Quem também aproveitou a festa foi o folião Marcos Lessa, que se fantasiou de Elvis Presley. “É uma homenagem ao rei do rock no frevo”, disse ele, bastante animado com a fantasia em meio à passagem do bloco.

O folião Alexandre Almeida e a família escolheram fantasias da turma do Chaves. "Todo ano eu me fantasio. Neste a gente pensou em Dona Florinda, no Meu Tesouro, que é um bonequinho, e na Chiquinha", falou.

O presidente do Fórum Permanente de Cultura Popular e do Artesanato Alagoano (FOCUARTE), João lemos, falou sobre a importância do bloco para a cultura do estado. “O Pinto, além de patrimônio imaterial, reúne a essência do nosso carnaval e sobretudo, a essência das nossas manifestações culturais. A presença dos mestres do patrimônio vivo marca a importância que o bloco tem para o protagonismo da cultura popular de alagoas”, afirmou.

HOMENAGEM

O Pinto da Madrugada, neste ano, homenageou a maestrina Fátima Menezes, que era parceira do bloco e morreu em setembro do ano passado.

 

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