“Bem-vindos!” Foi assim que profissionais do Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, receberam, nessa segunda-feira (7), 27 estudantes do 5º ano do curso de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), campus Arapiraca. Uma recepção calorosa e com muitas orientações para que os novos estagiários tenham a condição de aproveitar o período de quatro meses, dentro da maior unidade hospitalar do interior de Alagoas, para aprender e trocar experiências com a equipe multidisciplinar
Por causa da pandemia da Covid-19, os estágios estavam suspensos. Nesta retomada da parceria entre Ufal e HEA, o diretor-médico da unidade hospitalar, Vanderly Oliveira, relatou importantes lições já no primeiro contato com a turma, que ocorreu no auditório da unidade hospitalar.
“A primeira lição é entender que precisam ser humanos nos atendimentos aos pacientes. É momento único de aprendizado, porque vão colocar na prática o que aprenderam na teoria, e poderão aplicar os ensinamentos. É nesse processo que o médico vai sendo formado, com experiência”, disse Vanderly Oliveira.
Os 27 estudantes chegam após receber a primeira dose da AstraZeneca, vacina contra a Covid-19. Nesta recepção, também ouviram explicações sobre a biossegurança. Cícera Rodrigues, integrante da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, levou informações sobre a importância da utilização dos Equipamento de Proteção Individual (EPIs), como o uso de toucas, luvas, máscaras, e tomar medidas de atenção no uso de instrumentos pérfuro-cortantes para evitar acidentes e contaminação.
“A gente está aqui pra acolher e também para alertar sobre o uso correto de EPIs. Vamos sempre chamar a atenção para a biossegurança, que são medidas voltadas para ações de prevenção, que visam eliminar riscos da atividade”, disse Cícera Rodrigues.
Ainda no primeiro contato, os estudantes puderam tirar dúvidas sobre como é a rotina de trabalho no Hospital de Emergência do Agreste. O médico Jean Rafael e o enfermeiro Evânio Silva, integrantes do Núcleo de Educação Permanente (NEP), estiveram presentes na recepção.
“Receber alunos é extremamente importante, porque eles conseguem fazer a ligação entre o que foi aprendido na formação e a dinâmica do hospital. E esse aprendizado é recíproco. Faz parte da instituição também ajudar a formar novos profissionais. Espero que eles possam identificar o campo aberto para projetos de pesquisa e colaborarem para melhorar a qualidade de atendimentos dos nossos pacientes” salientou Evânio Silva.
A Gerência-Geral do Hospital de Emergência do Agreste oferece total apoio aos estágios e formações de profissionais. Para Sharlene Vieira, responsável pelo Setor de Educação, Ensino e Saúde do HEA, “é animador pensar que o Hospital é local para ampliar o ensino destes jovens. Nosso espaço tem a característica de ser acolhedor e esperamos que estes estudantes possam ser futuros acolhedores da sociedade, dos pacientes e que saiam profissionais de qualidade”, salietou.
Os 27 alunos foram divididos em escalas para cumprir a carga horária.
A médica Francine Simone, coordenadora do curso de Medicina da Ufal, Campus Arapiraca, e integrante também do corpo médico do HEA, avisava os alunos sobre a responsabilidade do internato (estágio) e ao mesmo tempo não conseguia conter a alegria de ver novamente os estudantes circulando nos corredores e alas do Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca.
“Muitos médicos da instituição abraçaram a Ufal. Isso é muito importante para o crescimento dos alunos no caminho profissional. Por isso, os estudantes serão cobrados pela responsabilidade de se empenhar no aprendizado e dedicação ao internato”, argumentou Francine Simone.
Teoria e Prática – João Paulo Paiva, aluno do curso de Medicina da Ufal, Campus Arapiraca, é um dos 27 que passam a ser internos do HEA pelos próximos quatro meses. Diante do cenário de pandemia de covid-19, João Paulo tem a intenção de colaborar ainda mais no combate ao vírus.
“A emoção é grande, expectativa a mil. Agora é chegar com gás na rotina, aprender e nos tornarmos médicos de qualidade. Importante também entender que é necessário seguir as regras de biossegurança para evitar a disseminação do ciclo de transmissão do novo coronavírus”, disse João Paulo.
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