Assessoria

O Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, realizou, nesta quarta-feira (25), uma reunião com representantes da Secretaria de Saúde de Arapiraca e de instituições hospitalares que farão parte da Rede de Atendimento a Pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC). A unidade hospitalar faz parte do programa “AVC Dá Sinais”, lançado esta semana, pelo governador Renan Filho.

A gerente-geral do HE do Agreste, Bárbara Albuquerque, explica que o hospital será referência para AVC Isquêmico, quando há obstrução na artéria que impede o oxigênio de chegar a células cerebrais. Este tipo de AVC é mais comum que o hemorrágico e representa cerca de 80% de todos os casos de AVC.

“O Hospital de Emergência do Agreste abraça este serviço para salvar mais vidas. Receberemos pacientes regulados pela Atenção Básica dos municípios e de outros hospitais que fazem parte da rede de atendimento. Passamos a ser referência neste tipo de serviço”, explicou Bárbara Albuquerque.

Ela explicou que são oito leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) disponibilizados para o serviço. “As equipes estão treinando há alguns dias para que o paciente que chegue regulado por outro serviço possa ser atendido da forma mais dinâmica possível. Tratamento sendo realizado dentro das primeiras quatro horas de sintomas nos dá uma janela para minimizar sequelas neste paciente”, disse Bárbara.

A intenção da reunião foi iniciar o alinhamento do trabalho para atender o fluxo de pacientes vítimas de AVC Isquêmico. O encontro aconteceu no auditório do HEA e contou com a secretária de Saúde de Arapiraca, Luciana Fonsêca, técnicas da saúde municipal, e representantes do Hospital Regional e do Hospital Chama, ambos localizados em Arapiraca.

“O Hospital Regional continua sendo porta de entrada, primeiro atendimento, primeira assistência para estes pacientes. Ampliando a rede, poderemos mandar para o HEA, em tempo hábil, os pacientes que passarão a ter a chance de receber tratamento especializado. Será um divisor de águas. Este projeto vai reduzir as sequelas nos pacientes de AVC, garantindo melhor qualidade de assistência e na continuidade dos cuidados nos municípios”, disse a médica Maria Helena Pereira.

Para Janaina Kelly, enfermeira e representante do Hospital Chama, a reunião foi uma excelente oportunidade para observar a evolução da saúde em Arapiraca. “Será um desafio enorme para a rede, mas estamos felizes em poder contribuir em mais este passo. Vamos otimizar estes atendimentos para que os pacientes cheguem no Hospital de Emergência o mais rápido”, salientou.

Durante a reunião, também foi mostrado como vai funcionar o aplicativo Join, que irá interligar toda a rede responsável pelo atendimento a pacientes com AVC. Andervam Leão, enfermeiro referência para o aplicativo Join em Arapiraca, explicou como a tecnologia vai agilizar todo o procedimento.

“Os hospitais e serviços vão funcionar em rede. Quando um caso for detectado, a equipe responsável vai informar no sistema e todos terão acesso. Município, Hospital Regional, Hospital Chama, Samu e HEA terão acesso ao serviço em diferentes setores, através de tablets, no computador e também nos smartphones, para facilitar a troca de informações. Desta forma, quando o paciente chegar regulado através do Join, com todas as informações, ficará mais prático para as equipes do HEA fazerem o trabalho e conseguirem fazer os procedimentos em tempo para evitar complicações para o paciente. Estarei à disposição para tirar dúvidas”, disse Andervam Leão.

A secretária de Saúde de Arapiraca, Luciana Fonsêca, destacou que o momento, com mais um serviço sendo oferecido no Hospital de Emergência, em Arapiraca, é de união de todos os setores e instituições da saúde. “Esta reunião foi maravilhosa. Mostra que precisamos estar cada vez mais unidos para que o trabalho seja feito com eficiência. Quando a gente está unido, cresce mais. Dependemos uns dos outros e mostramos que esta união supera muitos obstáculos, como foi no caso da Covid-19”, afirmou a secretária.

“O HE do Agreste tem essa fama mesmo de se reinventar. Acolhia vítimas de trauma, passou a ter tratamento para Covid-19 e, agora, assume esta responsabilidade de tratar os pacientes com AVC Isquêmico. Vamos iniciar os trabalhos e, se os problemas no fluxo forem surgindo, vamos resolvendo todos juntos: município, instituições hospitalares, Samu, sempre com união. Debater para fazer melhor”, afirmou o médico Vanderly Rezende, diretor-médico do HEA.

A gerente-geral do HE do Agreste, Bárbara Albuquerque, elogiou como as equipes do Hospital de Emergência do Agreste se dedicaram aos treinamentos de atendimento a AVC Isquêmico. Sobre a reunião, ela considerou importante para a aproximação e bom entendimento entre as instituições em busca do mesmo propósito. “Queremos salvar vidas!! Então, quando o fluxo começar a funcionar, passaremos a ter uma rede habilitada a buscar melhorias de vida para a população da região”, salientou. 

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