06/08/2021 08:54:17
Esporte
Antes de Tandara, doping tirou ao menos três atletas do Brasil nos Jogos
Jogadora da seleção de vôlei foi suspensa temporariamente e desfalca o time na reta final da competição
KAI PFAFFENBACH/REUTERS 22.08.16Rafaela Silva conquistou a medalha de ouro em 2016 e foi impedida de competir em 2021

 A suspensão provisória por potencial violação de regra antidopagem de Tandara, da seleção brasileira de vôlei, pegou a todos de surpresa. Oficialmente fora dos últimos dois jogos em Tóquio 2020, ela não é a primeira atleta a desfalcar o Time Brasil na Olimpíada.

Antes do início da competição, ao menos três atletas com índice para a disputa acabaram ficando de fora justamente por doping: o nadador André Calvelo, Fernando Reis, do levantamento de peso e Rafaela Silva, campeã olímpica no judô em 2016.

André, que conseguiu índice na prova dos 100 m livre e também para o revezamento 4x100 m livre, foi flagrado em abril pela presença de Propinato de Drostanolona. Meses depois, ele foi suspenso pela ABCD, Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, por quatro anos e todos os seus resultados após o dia do exame positivo foram anulados.

André Calvelo está suspenso por 4 anos
SATIRO SODRÉ/SSPRESS/CBDA

Após o doping confirmado, Bruno Fratus, medalha de bronze nos 50 m livre em Tóquio, pediu uma punição ainda mais severa a André: "Não sou juiz nem pretendo, mas vou usar minha voz para que atletas condenados por doping desapareçam da borda da piscina, idealmente, para sempre."

Já Fernando Reis, tricampeão pan-americano e considerado um dos favoritos à medalha no levantamento de peso, ficou sabendo que não poderia competir na Olimpíada apenas uma semana antes de embarcar para Tóquio. Ele testou positivo para o Hormônio do Crescimento, em exame feito no dia 11 de junho.

Fernando Reis é um dos grandes nomes do levantamento de peso em todo o mundo
ARQUIVO FERNANDO SARAIVA REIS

No último dia 3, ele se manifestou através das redes sociais. Fernando explicou que foi notificado pela ABCD no dia 26 de junho sobre o nível anormal de Hormônio do Crescimento nos resultados de seus testes. Três semanas depois, no dia 16 de julho, a Confederação Brasileira de Levantamento de Peso confirmou a suspensão do atleta.

"Como é do conhecimento de todos, infelizmente não posso participar dos Jogos Olímpicos. Foi toda uma vida de trabalho, preparação árdua, devoção, dedicação a um sonho que era maior que a mim mesmo. Esse sonho foi interrompido no dia 26, quando recebi uma notificação da ABCD de que meus níveis hormonais estavam alterados. Por esse motivo, tomei uma suspensão provisória", explicou ele no vídeo, dizendo ainda que um nódulo no cérebro seria o causador da produção elevada dos hormônios.

"Busquei ajuda profissional do advogado Marcelo Franklin. Ele disponibilizou uma equipe médica para me atender, um dos médicos recomendou que eu fizesse uma ressonância magnética no cérebro, onde foi identificado um pequeno adenoma."

Já Rafaela Silva, medalha de ouro na categoria até 57 kg no Rio, testou positivo para a substância fenoterol no dia que ela competiu e foi ouro no Pan de Lima, em 2019.

Na ocasião, ela se justificou, dizendo que a contaminação poderia ter acontecido a partir do contato com um bebê que sofre com asma. Rafa foi punida com dois anos de exclusão do esporte e, embora tenha entrado com recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS), teve o seu pedido recusado.

Além deles, pelo menos outras duas atletas brasileiras foram flagradas no doping às vésperas da Olimpíada, mas ambas conseguiram reverter as punições e competir em Tóquio: Nathasha Rosa, do levantamento de peso e Fernanda Borges, do lançamento de disco.

Fonte: R7

 

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