Após a deflagração da Operação Penalidade Máxima, o Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) emitiu nota na qual defende a regulamentação do setor das apostas e, além disso, anuncia parceria com entidade que atua com a integridade do esporte.
O IBJR foi formado recentemente por nove casas de apostas, nacionais e estrangeiras, para representar seus interesses no mercado brasileiro.
Bet365
Flutter
Entain
Betsson Group
Betway Group
Yolo Group
Netbet Group
KTO Group
Rei do Pitaco
Já a International Betting Integrity Association (Ibia), associação com a qual o instituto firmou parceria, é uma empresa estrangeira que monitora apostas em todo o mundo. A entidade possui mecanismos anticorrupção e emite alertas quando encontra anomalias em apostas.
Leia, abaixo, a nota publicada pelo IBJR.
"Em relação às recentes investigações de manipulação de resultados, o Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) vê a regulamentação do setor de apostas esportivas no Brasil como essencial para a segurança de apostadores, esportes e operadores, de forma que possam contribuir para o crescimento do país. Os membros da IBJR têm experiência em colaborar com órgãos reguladores e outras autoridades relevantes com o objetivo comum de garantir a integridade do esporte.
Nesse sentido, o IBJR firmou, nesta semana, uma parceria com a International Betting Integrity Association (IBIA) para desenvolver projetos que garantam a integridade do esporte brasileiro e já apresentou os representantes da IBIA às autoridades responsáveis pelas investigações, para que possam trabalhar em conjunto. O objetivo é implementar ações que preservem a segurança e a integridade dos operadores, do esporte e dos apostadores, reforçando o papel das apostas esportivas como entretenimento."
Entenda a operação
O Ministério Público de Goiás fez uma nova denúncia sobre manipulação de jogos no futebol brasileiro. Estão sob investigação partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022, além de confrontos dos estaduais que aconteceram neste ano.
São pelo menos 20 partidas sendo analisadas pelo MP. A nova denúncia, que foi aceita pela Justiça, foi feita a partir da busca e apreensão de equipamentos em fases anteriores da Operação Penalidade Máxima. Os clubes e casas de apostas são tratados como vítimas.
O MP-GO pede a condenação do grupo envolvido na manipulação, além do ressarcimento de R$ 2 milhões aos cofres públicos por danos morais coletivos.
Entre os detalhes obtidos nesta investigação do MP-GO estão os valores oferecidos para que os jogadores fizessem os atos previstos nas apostas.
As investigações começaram no final do ano passado, depois que o volante Romário, do Vila Nova-GO, aceitou uma oferta de R$ 150 mil para cometer um pênalti no jogo contra o Sport pelo Campeonato Brasileiro da Série B. Ele recebeu um sinal de R$ 10 mil e só teria os demais R$ 140 mil após a partida. Como não foi relacionado, tentou cooptar colegas de time – sem sucesso.
A história então vazou e o presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, ele próprio um policial militar, investigou o caso e entregou as provas para o Ministério Público de Goiás. A primeira denúncia, feita há dois meses, indicava que havia três jogos suspeitos na Série B do ano passado. Mas, como o ge publicou, havia a suspeita de muito mais jogos, em várias competições, o que faria a operação se tornar nacional. Foi o que aconteceu, com suspeitas em jogos da Série A.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que seja instaurado inquérito na Policia Federal para investigar os indícios de manipulações no futebol brasileiro.
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