A CBF tem contrato com a Sportradar, agência que mapeia movimentações nos sites esportivos de jogos nacionais e estaduais e alerta quando encontra suspeitas.
Aqueles considerados anormais são encaminhados para órgãos de investigação esportivos e policiais.
Apenas neste ano, 23 jogos já foram relatados como suspeitos. As partidas são consideradas suspeitas pela agência a partir do momento em que é identificada movimentação anormal nos sites de apostas. Como, por exemplo, o número de escanteios no primeiro tempo. A apuração dos órgãos esportivos e criminais começa após esse fluxo atípico.
“Assim que a CBF recebe os relatórios, há um procedimento padrão de encaminhamento para as autoridades desportivas competentes tomarem as devidas providências. Suspeitas sobre jogos de competições nacionais são encaminhadas ao STJD e sobre as estaduais para as respectivas federações, que enviam aos seus Tribunais de Justiça Desportiva”, afirma o advogado Pedro Trengrouse, assessor jurídico da CBF.
“Organizações esportivas e governos precisam trabalhar juntos. Este é um problema global. A Unesco tem discutido nas reuniões com os ministros de Esporte do mundo inteiro a possibilidade de criação de uma agência para tratar das apostas esportivas, a exemplo da Agência Mundial Antidoping. O Brasil está ainda mais vulnerável pela falta de regulação do setor de aposta esportiva”, completa Trengrouse.
A Sportradar identificou movimentações atípicas em mais de mil jogos de 12 modalidades esportivas no ano passado, ante 905 em 2021, no mundo inteiro. No futebol, foram 776 casos suspeitos em 2022, contra 697 em 2021.
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