A Juventus foi punida com a perda de 15 pontos no Campeonato Italiano nesta sexta-feira, após uma audiência de apelação na Federação Italiana de Futebol para tratar das acusações de fraude fiscal contra a antiga diretoria juventina. O clube havia sido absolvido no ano passado, mas o processo foi reaberto depois que a federação teve acesso a documentos da Promotoria de Turim.
Atual terceira colocada da liga nacional, com 37 pontos, dez atrás do líder Napoli, a Juve fica com 22 e despenca para o meio da tabela, situação que complica sua classificação para as competições europeias da próxima temporada. O clube ainda pode apelar da decisão ao mais alto tribunal esportivo dentro do Comitê Olímpico Italiano.
Também foram determinadas punições individuais para 11 dirigentes, entre eles o ex-presidente Andrea Agnelli, agora proibido de exercer atividades relacionadas ao futebol na Itália por dois anos, e o ex-meia Pavel Nedved, que foi vice-presidente de Agnelli e está suspenso por oito meses. Os dois renunciaram aos cargos no final do ano passado, assim como toda o corpo diretivo.
Fabio Paratici, atual diretor de futebol do Tottenham, também foi responsabilizado e recebeu uma suspensão de dois anos e meio. Ele trabalhou na Juventus por 11 anos e deixou o clube em maio de 2021 para acertar com o clube inglês. Inicialmente, todas as suspensões valem apenas para a atuação no futebol italiano, mas a decisão pede que seja "estendida às atividades da Uefa e Fifa".
O clube de Turim, listado na Bolsa de Valores de Milão, responde à Justiça por obter lucro por meio de um esquema para recebimento de comissões ilegais de jogadores transferidos e emprestados. Também é apurado se investidores foram enganados com emissões de faturas de transações inexistentes para demonstrar receitas.
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