Morreu na noite de sexta-feira (28), no Rio de Janeiro, Robson Gracie, aos 88 anos. A notícia do falecimento do Grande Mestre de jiu-jítsu foi confirmada por Kyra Gracie, neta do ex-lutador, através de suas redes sociais. A causa da morte ainda não é conhecida.
Robson foi um dos grandes expoentes da família Gracie e um dos maiores defensores e divulgadores do jiu-jítsu. Ele nasceu em 1935 e foi o segundo filho de Carlos Gracie, patriarca da família. Nos anos 1950, seguiu os passos do tio Hélio Gracie e do irmão Carlson e estreou no Vale-Tudo, com vitória sobre Artur Emídio. Mais tarde, venceria também Valdo Santana, irmão de Valdemar Santana, arquirrival de Hélio e Carlson.
Em vida, Robson recebeu a faixa vermelha de jiu-jítsu, nono e mais alto grau da modalidade.
Robson também teve notório envolvimento na política. Sua notoriedade no jiu-jítsu o levou a ser contratado como guarda-costas de Leonel Brizola, à época deputado federal do estado da Guanabara e cunhado do então presidente João Goulart. Após o golpe militar de 1964, foi preso por 64 dias e torturado, até ser liberado por intervenção de seu tio Hélio.
Mais tarde, na década de 1980, durante o primeiro mandato de Brizola como governador do Rio de Janeiro, Robson assumiu a presidência da Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro (SUDERJ). Neste período, promoveu o retorno dos eventos de Vale-Tudo ao estado, incluindo a lendária revanche entre Rickson Gracie e Rei Zulu no Maracanãzinho. Na mesma década, assumiu a presidência da Federação de Jiu-Jítsu do Rio de Janeiro (FJJ-Rio).
Ele deixa os filhos Charles, Renzo, Keila, Ralph, Flávia e Robson Gracie Jr, além de Ryan Gracie, que faleceu em 2007.
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