Nesta quinta (5) a França alcançou, pela primeira vez na história, a final olímpica do vôlei de quadra masculino. A equipe europeia sobrou contra a Argentina, venceu por 3 a 0, parciais de 25/22, 25/19 e 25/22, e decidirá o título em Tóquio com o Comitê Olímpico Russo, que derrotou o Brasil nesta madrugada.
Desde o início da partida, a França forçou o saque em Facundo Conte, principal ponteiro argentino, e limitou o ataque do adversário sul-americano. Com o ritmo estabelecido pelos próprios serviços, os europeus trabalharam bem nos contra-ataques e se impuseram em quadra.
A França contou com atuações destacadas do oposto Jean Patry, principal pontuador do jogo com 15 pontos, e do ponta Trévor Clevenot, que somou 14 pontos para os finalistas.
França e Comitê Olímpico Russo decidem o torneio masculino de vôlei no sábado, às 9h15 (de Brasília). A Argentina vai brigar pelo bronze a partir da 1h15 contra o Brasil, em disputa semelhante à ocorrida nas Olimpíadas de Seul, em 1988 – naquela ocasião, os argentinos terminaram no pódio.
Equilíbrio no primeiro set
A partida começou equilibrada, com as duas equipes virando as bolas e se sobressaindo sobe os sistemas defensivos. O primeiro flerte com um placar confortável veio graças a um bom saque francês, que Partry complementou com uma bola de cheque. O mesmo Partry forçou erro na recepção de Conte e abriu 12 a 9.
A diferença se sustentou até a parte final do set, quando a Argentina cresceu e igualou tudo novamente depois de três pontos consecutivos, com direito a erro de combinação entre o levantador Brizard e o central Le Goff.
A partir deste momento, que resultou até em tempo da França, a Argentina perdeu o ritmo e viu a adversária abrir dois pontos após novo erro de recepção de Conte e ataque para fora. Foi suficiente para os franceses fecharem por 25 a 22, em bloqueio de Chinenyeze.
França acha ritmo
A França começou melhor a segunda parcial e abriu três pontos de vantagem logo no início, fazendo 6 a 3. A Argentina, por outro lado, flertou com a reação, mas pecou pela própria irregularidade nos contra-ataques e na recepção.
Forçar o saque em Conte se manteve como a estratégia correta. Sem o principal atacante com ritmo, a Argentina acumulou erros e viu a França abrir vantagem confortável de seis pontos no momento de definição da parcial: 20 a 14.
A Argentina tentou sobreviver na parcial forçando o jogo justamente com Conte. No entanto, eficiente na virada de bola, a França fechou o segundo set em 25 a 19, depois de ataque de Ngapeth.
Franceses evitam reação
Assim como na parcial anterior, a França impôs o ritmo com o saque forçado e controlou o início da parcial. Os franceses trabalharam com uma vantagem de quatro pontos até o 8-4 e se sustentou com pelo menos três de frente até 15-12.
A partir de então, a Argentina retornou para o jogo. Com o saque mais ajustado e dificultando, enfim, o jogo francês, os sul-americanos buscaram o resultado até 18-18, quando a França virou a bola e teve Chinenyeze no saque.
O flutuante do central desestabilizou a recepção argentina, e a equipe de Marcelo Méndez perdeu novamente contato no placar após bloqueio em Conte (20 a 18). A diferença até aumentou, com os europeus fechando o jogo em 25 a 22.
Fonte: Globo Esporte
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