Uma babá e o marido dela foram presos na sexta-feira (30) suspeitos de estuprar uma bebê de 1 ano e 8 meses em Goiânia. A mãe conta que a mulher levou a menina para a casa dela sem autorização e, quando foi buscar a filha, a menina a agarrou fortemente, como se estivesse com medo. Um laudo apontou “presença de lesão compatível com ato libidinoso”.
A assessora parlamentar Kandice da Veiga Jardim contou que, na quinta-feira (29), recebeu a notícia de que a sogra, que tinha problema de saúde, tinha entrado em coma em casa e foi à casa dela junto com o marido. A babá, então, ficou cuidando da bebê e na companhia mais velha do casal, de 18 anos.
Ao retornar para casa, viu que nem a filha mais nova e nem a babá estavam lá. A filha mais velha, então, disse que as duas estavam na casa da suspeita e achou que a mãe tinha sido avisada.
“Quando eu peguei minha filha, vi que ela estava com um machucado na testa e ela me abraçou como se tivesse pedindo ajuda. A babá falou que a marca era picada de pernilongo".
"Cheguei em casa e fui trocar a fralda, ela fechou as perninhas e começou a chorar. Quando eu abri, vi que estava muito vermelho, muito machucado”, contou a mãe.
O g1 não conseguiu contato com a defesa de Elaine Dias da Silva Matos e Wilker da Silva Esteves até a última atualização dessa reportagem.
Ao perceber os ferimentos, Kandice levou a filha a uma unidade de saúde. Os médicos confirmaram que as lesões tinham característica de abuso sexual e orientaram que ela fosse ao Instituto Médico Legal (IML).
O laudo aponta na conclusão que “não houve conjunção carnal”, mas afirma a “presença de lesão de origem traumática compatível com ato libidinoso”. Policiais civis foram chamados e foram a endereços ligados a Elaine e Wilker. Os dois foram presos em flagrante.
“O homem não disse nada. A mulher disse que foi dormir com a bebê na cama não viu nada, acordou com ela chorando pedindo para mamar”, disse a delegada Adriana Fernandes.
Os dois vão responder pelo crime de estupro de vulnerável. Eles devem passar por audiência de custódia no domingo (1º). A polícia pediu à Justiça que eles continuem presos.
"Não há dúvidas que houve o crime. As lesões são muito graves e notórias", afirmou a delegada.
Wilker já tinha histórico de violência contra a babá. A polícia vai apurar se ele pode ter cometido outros abusos contra mais crianças.
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