Orlando Ianovich Neto chegou à 25ªDP (Engenho Novo), nesta segunda-feira, de forma voluntária para prestar depoimento contra Suyany Breschak, com quem foi casado por 14 anos. À polícia, ele afirmou ter sido vítima da ex-companheira de uma tentativa de sequestro, em 2022, e de furto, em 2023. A mulher está presa desde a última quarta-feira, suspeita de ser cúmplice do assassinato de Luiz Marcelo Antônio Ormand. A defesa de Suyany nega as acusações de Orlando, que classificou como "factoides".
Quem é o ex-marido de Suyany Breschak?
Orlando, assim como Suyany, se apresenta como cigano e dá dicas de simpatia nas redes sociais. No Instagram, onde acumula mais de 100 mil seguidores, ele divulga a realização de trabalhos espirituais e comenta a vida de subcelebridades, como os participantes do BBB. Juntos, os dois são responsáveis por dois filhos, de 8 e 4 anos.
O que disse ex-marido de Suyany Breschak em depoimento?
Na delegacia, Orlando chegou segurando pastas com documentos contra Suyany, afirmando que ela é "perigosa". Entre eles, apresentou um registro de ocorrência de tentativa de sequestro, em 2022, na delegacia de Uberlândia, Minas Gerais.
Orlando narra que estava dirigindo pela rodovia BR-050, na companhia de uma namorada, quando pararam em um posto de gasolina para lanchar. Nesse momento, homens teriam entrado no estabelecimento com uma faca e um porrete de madeira, e roubaram joias de ouro do "cigano". Depois, teriam obrigado o casal a entrar em um carro com destino a uma casa de reabilitação para usuários de droga.
Um dos envolvidos na suposta tentativa de sequestro afirmou ter recebido pagamento de uma "ex-mulher" de Orlando para interná-lo. Segundo ele, a orientação era para a internação de "pessoas perigosas e que andariam armadas".
Já no ano seguinte, Orlando registrou uma ocorrência de furto de uma caminhonete ranger modelo 2021. Suyany teria conseguido passar o veículo para o nome dela e, posteriormente, tentou vendê-la.
Relembre o caso
Luiz Marcelo Antônio Ormond foi visto pela última vez em 17 de maio. Ele aparece, ao lado de Júlia Andrade, em filmagens de câmeras de segurança do elevador do prédio onde morava com ela, no Engenho Novo, Zona Norte. O corpo foi encontrado três dias depois, sentado sob um sofá e já em "avançado estado de putrefação".
A polícia suspeita que ela tenha envenenado o namorado com um brigadeirão, fato narrado por Suyany em depoimento. A suposta cigana disse que Júlia admitiu a ela ter matado Luiz Marcelo com a sobremesa, que tinha mais de 60 comprimidos de um potente analgésico à base de morfina.
"Não tô mais aguentando esse porco, esse nojento" teria dito Júlia a Suyany. No dia 18, a suspeita foi a Araruama entregar a ela o carro de Luiz Marcelo, avaliado em R$ 75 mil, que seria usado para quitar uma parte da dívida de R$ 400 mil.
"Ela (Júlia) me falou: esse carro era dele (Luiz Marcelo). Ele me deu. Eu tô te dando ele por setenta e cinco mil para ir descontando da nossa dívida", disse Suyany à polícia.
Em entrevista ao Fantástico, o delegado Marcos Buss, responsável pelo caso, afirmou que o crime foi motivado por questões econômicas.
— Nós temos elementos que a Júlia estava em processo de formalização de uma união estável com a vítima. Mas, em determinado momento, o que nos parece, é que a vítima desistiu da formalização da união. Então isso até robustece a hipótese de homicídio e não de um latrocínio puro e simples, porque o plano inicial me parecia ser realmente eliminar a vítima depois que essa união estável estivesse formalizada.
Procurada, a defesa de Suyany enviou a seguinte nota: "Factoides criados por um ex-marido que tem histórico de agressão e violência doméstica contra ex esposa ! Que omite rendimentos para não pagar pensão aos filhos menores e que por conseguinte tem interesse na prisão de Suyany objetivando proveito nas ações judiciais que Suyany move contra ele!".
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