Um médico que trabalhava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jaraguá, em Maceió, está sendo acusado de estuprar um jovem de 20 anos durante um atendimento médico realizado no sábado (11), por volta das 23h.
Ele foi demitido e o denunciante registrou um Boletim de Ocorrência na Central de Flagrantes.
De acordo com o jovem que denunciou ter sido estuprado pelo profissional da saúde, ele teria ido a UPA em busca de um exame para investigar um problema de saúde e, na ocasião, teria sido sugerido um exame de toque retal.
Entretanto, ao longo do procedimento, o paciente conta que teria sido penetrado pelo médico.
"Ele sugeriu que eu fizesse o toque retal. Achei que estava dentro da normalidade e ele prosseguiu com o exame. Mas, durante o exame eu senti que as duas mãos dele estavam no meu quadril. E, então, quando eu percebi, virei para trás, e vi que ele estava me penetrando. Eu fiquei sem reação mesmo. Só virei e não consegui fazer nada", conta o paciente, em entrevista à imprensa.
Ainda de acordo com o jovem, o médico tentou se defender, ao perceber a reação do paciente. ”Ele começou a se desculpar e disse: 'Desculpa, eu me confundi. Achei que era isso o que você queria'. Ficou se desculpando e ficou cerca de uns 15 a 20 minutos tentando mudar o foco da conversa. Depois, pediu para que eu não falasse com ninguém. Eu tentei enrolar ele, porque eu só queria sair dali", relata.
A vítima procurou a Central de Flagrantes e fez um Boletim de Ocorrência. O médico compareceu a delegacia acompanhado do advogado, negou a acusação e foi liberado.
No entanto, ao longo das investigações, ele será intimado a prestar depoimento. Segundo a Polícia Civil, o jovem prestou depoimento e será solicitado o laudo de exame de corpo delito.
A direção da UPA informou que não compactua com qualquer violência e que, ao tomar conhecimento da denúncia, demitiu o médico.
Esta não é a primeira acusação de estupro em nome do médico. Em 2020, ele foi denunciado por um paciente de 20 anos, que o acusou de violência sexual durante um atendimento na cidade de Campo Alegre.
No Boletim de Ocorrência, ele disse que o profissional da saúde tocou seu abdômen, baixou a bermuda e apertou o órgão genital com movimentos fortes até machucar.
O Conselho Regional de Medicina (CRM) em Alagoas informou que vai investigar a conduta do médico.
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