30/08/2022 11:52:41
Polícia
Operação cumpre mandados de prisão de suspeitos de aplicar golpe do novo número
Delegado contou que grupo criminoso agia desde 2021 e aplicava golpes em todo o país;Veja como o grupo agia enganando vítimas pelo Whatsapp
ReproduçãoPelo Brasil, algumas pessoas já foram vítimas do mesmo tipo de golpe
Redação POR G1

Uma operação da Polícia Civil cumpre 22 mandados de prisão, nesta terça-feira (30), contra suspeitos de participar do golpe do novo número. A Polícia Civil informou que os envolvidos têm bases de operação em quatro cidades goianas e fizeram vítimas em todo o país. Ao total, o grupo teria causado prejuízo de R$ 135 mil a três vítimas, sendo que uma delas perdeu R$ 115 mil.

Os nomes dos suspeitos não foram divulgados pela polícia

O delegado William Bretz, que coordena a operação em Goiás, contou que apenas uma das vítimas transferiu R$ 115 mil para os suspeitos por meio de PIX (veja abaixo como funciona o golpe). Foram cinco transações para duas pessoas diferentes, que depois pulverizaram o dinheiro para mais criminosos:

R$ 37,5 mil;
R$ 22,9 mil;
R$ 38,9 mil ;
R$ 8,9 mil;
R$ 7 mil.

Uma das vítimas é de São Pulo. O delegado relatou que o grupo entrou em contato por Whatsapp se passando pelo filho dela, dizendo que estava com um novo número e tendo problemas para fazer PIX. O alto valor era para fazer pagamentos relativos a uma surpresa que seria feita a um parente.

A Polícia Civil cumpre mandados de prisão e também de busca em apreensão em Goiânia, Senador Canedo, Bonfinópolis e Goianira. Até as 9h, foram presos seis homens e duas mulheres.

A corporação informou que o delegado William Bretz concederá entrevista às 11h desta terça-feira para informar detalhes dos casos.

Segundo o delegado, o grupo aplica golpes do novo número desde o início de 2021 e fez vítimas em todo o país, sobretudo em São Paulo, estado em que eles preferiam atuar.

"A polícia identificou que o grupo causou prejuízo inicial de R$ 135 mil em três vítimas. As investigações, que duram um ano, identificaram as pessoas que receberam o dinheiro e membros da organização criminosa", explicou William Bretz.

A investigação continua para identificar novas vítimas e realizar mais operações no futuro. O delegado contou que as informações repassadas pelas vítimas ajudam a polícia a identificar quem recebeu o dinheiro e, assim, chegar aos chefes da organização criminosa.

Como funciona o golpe

A Polícia Civil explicou que o grupo criava um novo número de celular para falar com amigos e parentes da vítima, dizendo que mudou de número. Para ganhar confiança de um amigo ou parente, o grupo usava a mesma foto que a pessoa usa no perfil do aplicativo.

Assim, os golpistas começavam a alegar que estavam com problemas para fazer transferências por PIX para pagar contas ou pessoas e pediam ajuda nessas transações, prometendo pagar depois. Mas quando a vítima percebia o golpe, já era tarde.

Pelo Brasil, algumas pessoas já foram vítimas do mesmo tipo de golpe. Em algunas casos, os acusados agem de dentro de presídios. 

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