Em novembro passado, pelo menos quatro pessoas ficaram feridas em ocorrências de artefatos explosivos em Maceió. Duas das vítimas, por sua vez, tiveram que amputar uma das mãos. No total, foram 4 ocorrências com explosivos na capital, até o momento.
Ainda em novembro, houve dois casos suspeitos de bomba, onde não foram constatados materiais explosivos nas ocorrências. O primeiro ocorreu no dia 27, na agência do Banco do Brasil, no bairro do Farol.
Um pote ‘duvidoso’ foi deixado no local, sendo uma equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) mobilizada para inspeção do objeto. No entanto, não havia explosivo dentro do recipiente, e sim, uma quantidade de sopa. O segundo caso aconteceu um dia depois, no dia 28, na agência bancária Santander, no Centro. Uma lata de cor preta foi deixada no local. A polícia foi acionada e contornou a situação. Não havia artefato na lata.
Objetos suspeitos deixados em locais públicos viraram uma situação corriqueira na cidade, o que também vem amedrontando a população, visto que, em algumas situações, há explosivos, colocando a segurança em ‘xeque’.
No dia 10 de novembro, o catador de recicláveis Jorge Querino, de 50 anos, teve a mão amputada após ser atingido por um explosivo. Ele estava recolhendo latinhas, no centro de Maceió, quando um explosivo, dentro de uma lata, explodiu. Querino passou alguns dias internado no Hospital Geral do Estado (HGE), devido à gravidade dos ferimentos. Ao receber alta, prestou depoimento à Polícia Civil (PC), que investiga o caso.
Autoridades policiais também investigam o caso da bomba deixada no lixeiro do HGE, no Trapiche da Barra, que deixou, ao menos, três funcionários feridos, sendo um deles em estado grave, que também acabou perdendo a mão.
O terceiro caso foi registrado no dia 25, quando um artefato foi encontrado em frente ao galpão da Secretaria da Fazenda do Estado de Alagoas (Sefaz), no Farol. Na ocorrência, não houve feridos e o Bope detonou o explosivo.
Recentemente, foram encontrados artefatos na Praça Multieventos, na Pajuçara, e nos arredores do Estádio Rei Pelé, no bairro Trapiche da Barra. Nas duas ocorrências, as bombas foram recolhidas e detonadas de modo seguro, não havendo feridos.
A Polícia Civil ainda segue em diligências para apurar os episódios e informou que os artefatos têm ligação com torcidas organizadas da capital. Uma comissão de delegados foi formada para apurar as ocorrências. Nenhum suspeito foi preso até o momento. Mais detalhes da investigação não podem ser repassados, segundo informou a assessoria da PC.
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