11/10/2023 17:39:38
Polícia
PM abre processo contra militar preso por matar mulher em Maceió
A vítima teria sido assassinada após defender a sobrinha de importunação sexual
ReproduçãoSoldado foi preso por assassinar Rosineide da Costa Silva
Redação com Gazetaweb

O comandante-geral da Polícia Militar de Alagoas (PM-AL), coronel Paulo Amorim, determinou a abertura de Processo Administrativo Disciplinar Simplificado para avaliar as condições de permanência nas fileiras da corporação do soldado Wellington Pereira da Silva, preso em flagrante no último domingo (8), por homicídio. O processo pode resultar na expulsão de Pereira.

O soldado foi preso por assassinar Rosineide da Costa Silva, no conjunto Jardim Royal, no bairro Cidade Universitária, em Maceió, após ela repreendê-lo por estar assediando a sobrinha dela. A vítima levou sete tiros e morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

De acordo com o que foi publicado no Boletim Geral Ostensivo (BGO) da PM-AL, nessa terça-feira (11), a conduta é, em tese, violadora dos deveres funcionais para com a Administração Pública Militar que afeta a honra pessoal, o pundonor policial militar e o decoro da classe.

O CASO

Wellington Pereira - segundo as investigações iniciais e depoimentos colhidos em audiência de custódia - teria matado Rosineide após ela defender a sobrinha de importunação sexual que estaria sendo praticada por ele.

O suspeito estava bebendo na casa da vítima, quando teria importunado uma sobrinha dela. Por sua vez, a sobrinha da vítima contou em juízo que o policial tentou, por diversas vezes, beijá-la e abraçá-la, além de puxar seu short.

Na última tentativa, a jovem contou que a tia a defendeu, pedindo que o policial respeitasse a sobrinha e a casa dela. Nesse momento, o homem teria sacado o revólver e atirado contra Rosineide.

Ainda em depoimento, a sobrinha de Rosineide disse que correu para se esconder no banheiro da casa, onde trancou a porta e, de lá, ouviu os disparos que mataram a tia.

Segundo policiais que atenderam a ocorrência, a vítima foi atingida por sete disparos de arma de fogo, sendo três na mão esquerda dela, dois no abdômen, um na perda esquerda e outro na perna direita. A mulher ainda foi para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos.

Pereira da Silva foi preso em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva durante audiência de custódia realizada pelo Juizo de Direito da 3ª Vara Criminal da Capital.

Ele usou o direito constitucional de permanecer em silêncio e não prestou nenhum relato à polícia e ao magistrado. O único momento em que falou diante do juiz foi para responder que possui dois filhos. 

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