12/04/2024 21:00:49
Polícia
Polícia descarta estupro coletivo em boate na Lapa e indicia 1 homem por estupro de vulnerável
Jovem com quem universitária uruguaia se relacionou de forma consensual vai responder pelo crime
ReproduçãoUruguaia na sala de gerência da boate na Lapa
Redação com G1

A Polícia Civil concluiu que não houve estupro coletivo na boate na Lapa, no Centro do Rio, como afirmava uma universitária uruguaia que denunciou o caso.

Um jovem, no entanto, com quem a estudante confirmou ter tido relação consensual no dark-room (quarto escuro), foi indiciado por estupro de vulnerável, após o laudo do Instituto Médico-Legal (IML) apontar que ela estava sob o efeito de drogas. A polícia pediu a prisão dele.

O inquérito foi finalizado nesta quinta-feira (11), 11 dias após a jovem procurar a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Alerj para denunciar o caso e fazer o registro na delegacia. Testemunhas foram ouvidas, e imagens e laudos técnicos, analisados. Cinco homens chegaram a ser investigados.

Segundo a polícia, o exame de corpo de delito "confirmou ato libidinoso", e as investigações apontaram que houve apenas um autor do crime.

No depoimento à polícia, a jovem contou que, durante o suposto abuso, chegou a perder a consciência e não sabe se alguma coisa foi colocada na sua bebida, já que a festa era “open bar” – ou seja, com bebida liberada. Um vídeo registrou a estrangeira após sair do dark-room.

A investigação foi concluída pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), do Centro, e encaminhada ao Ministério Público.

Em uma nota publicada na rede social, a boate Portal Club agradeceu o "empenho da Deam" e diz que prestou "todo o apoio à vítima, encaminhando-a à sala da gerência, onde recebeu o suporte necessário."

Carta de despedida

A estudante chegou ao Brasil em janeiro deste ano. Ela pretendia ficar no país por um ano para aprender a falar português.

 

Após a denúncia, ela decidiu voltar para casa e escreveu uma carta dizendo que só quer "descansar e esquecer" tudo o que aconteceu.

"Estou de volta em casa e só quero descansar e esquecer (....) Não sei se haverá Justiça ou não (...) (Mas) Espero que a minha história ajude outras mulheres que passaram pela mesma coisa a serem encorajadas a falar, que saibam que não estão sozinhas", escreveu.

Na carta, a universitária também esclarece que foi levada por um rapaz que conheceu na festa para um espaço reservado dentro da boate, chamado dark-room – um quarto escuro. Ela afirma que achava que estava indo para uma outra pista de dança. 

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