Após aparecer em reportagem da Folha de São Paulo, de segunda-feira (27), a agente da Polícia Civil e influenciadora digital Adrielle Vieira foi alvo de ataque nas redes sociais. Um dos seus seguidores – são mais de 141 mil – disse ter “saudades de quando só tinha influencer de sapato”. Na mesma postagem, recebeu apoio e contou a rotina dentro da instituição.
A reportagem da Folha de São Paulo cita agentes de segurança que exercem poder também fora dos quartéis e das delegacias, nas redes sociais, ao mostrarem a rotina, o trabalho e ganharem seguidores.
A influenciadora de Alagoas, que é uma das quatro personagens da reportagem, rebate que haja autopromoção e diz ter orgulho de pertencer à Polícia Civil e exercer o papel com responsabilidade e que sempre incentivou o empoderamento.
“Quando entrei na polícia, não havia muitas referências de como é, na prática, as dificuldades do trabalho de uma mulher numa instituição majoritariamente ocupada por homens. Então foi natural para mim sempre incentivar o empoderamento feminino e a entrada de mais mulheres na atividade policial. Ao tomar posse, sempre trabalhei na polícia na área fim. Sou o que chamam de policial de rua, sem licenças, sem jeitinhos, sem mimimi!”, diz trecho da postagem de Adrielle.
A policial militar declara que “sempre me agradou exercer, de fato, o mister da Polícia Civil, a investigação. E além disso, me agradava mais ainda a atividade operacional, que é essencial para o desenvolvimento da investigação. O bom Policial deve sempre se manter em treinamento. O risco da profissão é diário e saber o que fazer numa situação de risco muitas vezes será o divisor entre a vida e a morte. Sempre custeei meus cursos e treinamentos do meu próprio bolso, com o meu salário, que é o que me sustenta”, afirma.
Adrielle afirma que nunca gostou de exposição desnecessária da atividade policial e que nunca postou operações e prisões, nem qualquer coisa que ridicularize a instituição.
“O que me entristece é que o mundo continua o mesmo. É claro que a mulher é o alvo mais fácil. É claro que vão tentar nos atacar, nos diminuir. Dizer que somos Policiais de fachada ou que nunca entramos em situação de combate. Por isso digo para minhas seguidoras, a misoginia e a violência sempre estarão à nossa espreita. Não nos deixemos abater”.
Fonte: Gazetaweb
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