10/07/2024 17:00:53
Polícia
Saiba quem é "Nem Catenga", traficante do Complexo do Alemão que enviou fuzil
Ainda em 2016, Nem Catenga, que estava preso quando o irmão foi morto, foi colocado em liberdade e, desde então, fugiu para a capital fluminense
Divulgação/SSP-ALA arma foi localizada no momento em que estava sendo transportada, escondida em uma máquina de lavar
Redação com TNH1

Foragido da justiça e apontado como líder de um facção criminosa que comanda o tráfico de drogas nas regiões da Cambona, Levada e Brejal, em Maceió. Esse é o traficante alagoano José Emerson da Silva, conhecido como "Nem Catenga", que teria enviado um fuzil T4, da marca Taurus, do estado do Rio de Janeiro para a capital alagoana.

A arma, que pode custar cerca de R$ 50 mil no mercado ilegal, foi apreendida pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) nessa terça-feira (09), dentro de uma máquina de lavar, no bairro da Cambona. Ela estava sendo transportada do bairro do Clima Bom para o bairro da Levada/Brejal, região sob influência do traficante.

José Emerson da Silva, de 40 anos, é uma figura conhecida das forças de segurança do estado de Alagoas. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-AL), o criminoso possui cinco mandados de prisão em aberto e teria fugido para o Rio de Janeiro, onde estaria se escondendo e recebendo apoio da facção criminosa Comando Vermelho (CV).

A primeira prisão de Nem Catenga aconteceu em 2008. À época, ele foi apontado como mandante de diversos homicídios e latrocínios, além de integrar, ao lado do pai, uma quadrilha liderada por Caetano, que é irmão dele. A polícia descobriu que a família de Nem Catenga havia montado uma estrutura criminosa organizada, que foi criada por José Júlio de Oliveira, o Zé Moreno, de 65 anos, pai de Nem e Caetano. O grupo ainda contava com outros subordinados. 

Um dos filhos de Zé Moreno, Adriano Oliveira dos Santos, vulgo "Caetano", foi considerado um dos mais articulados assaltantes de banco do estado. Com histórico de prisões em presídios federais, Adriano foi morto em uma operação das forças policiais de Alagoas, em março de 2016. A operação também levou à prisão de 17 pessoas, todas apontadas como integrantes da quadrilha do traficante. As investigações apontaram que o bando de Adriano havia comercializado cerca de 500kg de maconha nos dois primeiros meses daquele ano.

 

Ainda em 2016, Nem Catenga, que estava preso quando o irmão foi morto, foi colocado em liberdade e, desde então, fugiu para a capital fluminense, onde estaria vivendo no Complexo do Alemão. A favela é comandada pela facção criminosa Comando Vermelho, que estaria dando apoio ao traficante alagoano.

Ao TNH1, o comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Major Henrique Jatobá, disse que, mesmo após a fuga do traficante para o Rio de Janeiro, a família dele continua liderando o tráfico de drogas em algumas regiões de Alagoas.

 

"É uma família que já possui um histórico de crimes aqui no estado. Atualmente, Nem Catenga está se escondendo no Rio de Janeiro, no Complexo do Alemão, porém a família dele continua cuidando dos negócios. Alguns já foram presos e outros são investigados. Atualmente, existe um mandado de prisão contra a esposa dele, por suspeita de envolvimento com os seus crimes", explicou Jatobá. 

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