Yago Pereira de Souza Reis, de 23 anos, suspeito de participar da chacina em uma festa de aniversário infantil, foi baleado e está internado no Hospital Municipal de Contagem (HMC), na Grande BH, nesta sexta-feira (24).
Até a publicação desta reportagem, a informação de quem atirou em Yago era desconhecida. A polícia suspeita que tenha sido durante a festa. O outro suspeito de envolvimento na chacina, Agnes Danrlei Santos Nascimento, de 26, não tinha sido localizado.
Em nota, a prefeitura informou que o suspeito deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento JK, com ferimentos no tórax e perna. Nesta sexta-feira, ele foi transferido para o HMC.
Ainda segundo o comunicado, "o estado de saúde do paciente segue estável".
A chacina
O crime aconteceu na noite desta quinta-feira (23), em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana, e deixou três pessoas mortas e três feridas.
Segundo a PM, os suspeitos tinham como alvo Felipe Júnior Moreira Lima, de 26 anos. Ele era pai do aniversariante, Heitor Felipe, de 9 anos, e de acordo com a PM, tinha envolvimento com criminosos do bairro Morro Alto, em Vespasiano. Os dois morreram no ataque, junto com uma prima da criança, de 11 anos.
Três convidadas foram baleadas e socorridas para o Hospital Risoleta Tolentino Neves, em Belo Horizonte. Na manhã desta sexta-feira (24), duas receberam alta médica.
Veja, abaixo, o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso:
Quem são as vítimas?
O que motivou o crime?
Onde as vítimas foram assassinadas?
Quem são os suspeitos?
Quem era o pai da criança?
Quem são as vítimas?
Morreram na chacina o menino Heitor Felipe, de nove anos, jogador da base dos clubes Atlético Mineiro e América; o pai dele, Felipe Moreira Lima, de 26 anos; e a prima da criança, Layza Manuelly de Oliveira, de 11 anos. Felipe Moreira foi morto com 12 disparos, Heitor Felipe com quatro disparos e Layza de Oliveira foi atingida por dois disparos.
Uma adolescente de 13 anos, a mãe dela, de 41 anos e uma jovem, de 19 anos, também foram baleadas. As vítimas foram levadas para o Hospital Risoleta Neves, e o estado de saúde das vítimas não foi divulgado.
O que motivou o crime?
De acordo com o registro da Polícia Militar, testemunhas relataram que tanto o Felipe Moreira Lima, pai da criança, e demais membros da família vinham sendo ameaçados de morte por traficantes da Grande BH há cerca de três meses.
De acordo com a PM, Felipe tinha envolvimento com criminosos do bairro Morro Alto, em Vespasiano, e o crime seria um "acerto de contas".
Onde as vítimas foram assassinadas?
As vítimas participavam do aniversário de nove anos de Heitor Felipe Moreira, que acontecia em um espaço de festas no bairro Areias de Baixo, em Ribeirão das Neves, na Grande BH.
Quem era o pai da criança?
Testemunhas contaram aos militares que Felipe teve um envolvimento com o tráfico de drogas, e estava em guerra com criminosos de Vespasiano.
Chefes do tráfico da cidade estariam ameaçando Felipe depois dele se recusar a traficar drogas fornecidas por eles, no entanto, a vítima recusou por já ter um "fornecedor" de outro local.
Quem são os suspeitos?
Dois homens são suspeitos de cometer o crime, são eles Agnes Santos Nascimento, de 26 anos, e Yago Pereira Reis, de 23 anos. Yago também foi atingido e precisou ser levado ao hospital, mas não se sabe ainda de onde vieram os disparos. O outro suspeito não foi localizado.
O que diz a Polícia Civil
Leia a íntegra da nota:
"Sobre os homicídios ocorridos na noite dessa quinta-feira (23/5), em Ribeirão das Neves, a Polícia Civil de Minas Gerais deslocou a perícia oficial ao local para recolher elementos que irão subsidiar as investigações. Os corpos das vítimas, duas crianças de nove e 11 anos, e um homem de 26, foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal dr André Roquette e são submetidos aos exames de necropsias. Uma adolescente, de 13 anos, e duas mulheres de 19 e 41 anos, foram encaminhadas ao atendimento médico.
Já o suspeito, de 23 anos, que foi localizado em unidade hospitalar no município de Contagem, foi ouvido por meio da Central Estadual do Plantão Digital e autuado em flagrante delito por cometer triplo homicídio qualificado e encontra-se à disposição da justiça. A PCMG esclarece que a autoridade policial também representou pela decretação da prisão temporária do conduzido pelo prazo de 30 dias, podendo ser prorrogada.
A investigação encontra-se em andamento a fim de identificar e localizar demais suspeitos."
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