06/07/2023 18:06:26
Polícia
Suspeito de sequestrar criança de 12 anos no DF queria vítima como ‘escrava sexual’
Daniel Bittar teria gravado um vídeo em que diz já ter pensado em "castração química"
Reprodução/FacebookDaniel Bittar foi preso após sequestrar e abusar de menina de 12 anos
Redação com Terra

O servidor público federal Daniel Moraes Bittar, 42 anos, preso por sequestrar e estuprar uma menina de 12 anos no entorno do Distrito Federal, queria a vítima como ‘escrava sexual’. Ele ainda teria gravado um vídeo confessando o crime, e disse já ter pensado em ‘castração química’. A informação é do jornal O Globo.

O delegado responsável pelo caso, João Guilherme Medeiros, afirmou que a menina era ameaçada o tempo todo, enquanto estava em cárcere privado. Além disso, ele teria filmado os abusos e enviado à namorada.

“A vítima contou que Daniel tocou as partes íntimas dela e que ela foi obrigada a tocar a genitália dele. A menina disse que ele a ameaçava o tempo todo e dizia que ela seria sua escrava sexual”, revela.

Após ser preso pelo crime e ser avisado sobre as suas prerrogativas legais e direito de ficar em silêncio, Bittar gravou um vídeo, no qual confessa o crime. Nas imagens, que estão em poder da polícia, o suspeito também admite inclinações pedófilas, e revela já ter pensado em “castração química”.

A menina foi sequestrada próximo à sua escola, na Asa Norte, e colocada no banco traseiro do veículo do servidor público. Em seguida, Geisy Souza, de 22, que também foi presa pelo crime, colocou um pano com clorofórmio para dopá-la, e então, ela foi colocada dentro de uma mala. Quando acordou, já estava na casa do estuprador.

Segundo Medeiros, a polícia tem filmagem dele no dia 26, colocando a mala dentro de seu carro. “É muito nítido o planejamento do crime. Na verdade, ele tinha em mente outra menina, de 13 anos, que também já foi entrevistada por nossa equipe. Essa pretensa vítima já era conhecida da coautora porque teria morado perto da namorada do Daniel. Era essa menina que estava na mira”, explica.

Conforme o delegado, o exame do Instituto Médico-Legal (IML) comprovou que houve crime sexual, além de uma série de queimaduras pelo corpo da menina. Algumas delas eram graves, provavelmente causadas pelo clorofórmio.

Agora, a polícia tenta descobrir se Bittar integrava uma rede de pedofilia. O suspeito afirmou que essa é a primeira vez que age, mas a polícia acredita que há indícios de outros crimes do mesmo gênero praticados por ele, até em parceria com Geisy.

“Os pedófilos se camuflam de bons moços para se aproximar de crianças. Estou falando que agem de forma pragmática. Já nos deparamos com vários casos deste tipo. Por isso, os pais precisam ter muito cuidado. Mas mesmo nós que somos experientes ficamos chocados com o que aconteceu”, alerta.

Inclusive, o servidor fez postagem contra pedofilia em sua rede social no ano passado. Na imagem, publicada em 18 de outubro de 2022, tem uma criança com uma fita na boca, o braço esticado e a mão aberta, escrito ‘não’. Na foto, ainda há a frase: "pedofilia é crime, denuncie".

Encontro da vítima

A polícia conseguiu localizar a vítima após rastrear a placa do carro de Bittar. O tio da vítima é PM, e conduziu a ação. Ao chegar na casa do suspeito, os policiais se depararam com a garota seminua, com os pés algemados e deitada em uma cama. O servidor também estava no local e preso.

Dentro do imóvel também foram encontrados objetos sexuais, máquinas de choque, câmeras fotográficas, e materiais pornográficos. A polícia suspeita que ele filmou o estupro. Os equipamentos eletrônicos foram apreendidos, e devem passar pela perícia.

Depois, a polícia identificou Geisy, que acabou presa também. Ainda de acordo com o delegado, não há dúvidas com relação ao crime por parte da investigação da Polícia Civil. "As provas são absolutamente incontestáveis. Inclusive, os dois confessaram. É um caso fechado em relação ao estupro de vulnerável", disse. 

E-mail: [email protected]
Telefone: (82) 9-9672-7222

©2024 - Arapiraca Notícia. Todos os direitos reservados.