O homem, de 25 anos, suspeito de sequestrar uma menina, de 12, no Rio de Janeiro, e levá-la até São Luís do Maranhão após conhecê-la pelo TikTok, afirmou em depoimento à polícia que conheceu a menor há dois anos pela rede social e que eles planejavam se casar quando ela fizesse 18 anos.
Segundo reportagem do Fantástico, o suspeito também alega que há cerca de duas semanas a menina pediu para ele ir buscá-la. Ele ainda afirmou que não tinha a intenção de fazer mal a menor e que nunca trocou fotos ou vídeos sem roupas com ela, e que os dois apenas se beijaram.
Eduardo da Silva Noronha está sendo investigado pelo crime de sequestro. Ele chegou a ser preso, mas a Justiça o concedeu liberdade provisória após audiência de custódia e o suspeito está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.
De acordo com o Fantástico, a perícia constatou que não houve conjunção carnal entre o rapaz e a menina. A advogada Luciana Pires, que representa a família da menor, criticou a decisão da Justiça em soltar o suspeito.
“A gente está falando de um crime grave, um crime de sequestro, que pode chegar a até dez anos de reclusão. Mais o crime de estupro, porque ele beijou na boca, é considerado ato libidinoso. Estamos falando de uma criança, uma adolescente de 12 anos que não tem capacidade de consentir um ato dessa natureza advogada: a sensação é de muita insegurança e injustiça. A família sofre muito com isso, estão muito abalados, não conseguem gravar, não conseguem falar sobre o episódio. A vítima passa o tempo todo em casa. Ela vai ter todos os acompanhamentos necessários, e ele está solto”, disse a advogada ao Fantástico.
Como polícia conseguiu localizá-la
A menina foi dada como desaparecida no dia 6 de março, no Rio. Ela foi encontrada apenas na última terça-feira, 14, trancada em uma quitinete, em São Luís do Maranhão.
De acordo com as investigações, no dia do desaparecimento da garota, ela voltou da escola, no bairro de Sepetiba, na zona oeste do Rio, com o homem com quem vinha se comunicando em um aplicativo de vídeos por cerca de dois anos. O suspeito viajou de avião até o Rio para buscá-la.
Após desaparecer, a menina enviou mensagens à irmã contando que estava morando em uma quitinete e que foi a pé para a loja onde o suspeito estava com ela fazendo compras.
Segundo a polícia, essas informações dadas pela menina foram essenciais para que ela fosse localizada. Primeiro, os policiais descobriram a rede de internet usada pela menina e chegaram até o cadastro de onde vinha a rede, uma loja de roupas. A menina estava usando uniforme escolar.
Conforme reportagem do Fantástico, a polícia do Rio então acionou a polícia do Maranhão, foi até o local, mas o endereço não existia. A delegada do Rio de Janeiro então procurou a loja na web, encontrou o perfil e, ao olhar as fotos do estabelecimento, viu na vitrine o reflexo de um hortifruti localizada em frente.
Com essa descoberta, foi feita uma nova diligência policial e o mercado foi encontrado.
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