19/08/2023 07:45:30
Polícia
Traficante alertou executores para não matar pessoa errada
Os autores materiais fazem parte de grupo criminoso que atua em SE e não conheciam a vítima e nem a mulher alvo do homicídio
ReproduçãoCrime em Penedo
Redação com Gazetaweb

Os quatro executores da morte de Carolaine Correia dos Santos, de 26 anos, fazem parte de um grupo criminoso que atua em Sergipe. E justamente por não serem de Penedo, cidade alagoana onde ocorreu o crime, o mandante do assassinato tinha a preocupação para que eles não matassem a pessoa errada. Foi exatamente o que aconteceu. A manicure foi morta no lugar de uma amiga e cliente, que tem envolvimento com o tráfico. Os autores materiais não conheciam a vítima e nem aquela que seria o alvo do homicídio.

As informações são do delegado do caso, Rômulo Andrade. Carolaine foi morta a tiros por engano e quatro pessoas são suspeitas de participar da execução. De acordo com as investigações policiais, ela morreu no lugar de uma amiga e cliente. No dia do assassinato, a manicure tinha ido à casa da mulher, alvo dos criminosos, para fazer as unhas.

Segundo a autoridade policial, minutos antes do crime, o mandante do assassinato - que seria uma traficante de Penedo, mas que mora atualmente em Aracaju -, ligou para um dos executores e, ao telefone, teria explicado para ele qual seria a pessoa certa para matar.

"A gente tem informações na investigação de que havia preocupação do mandante, inclusive, de não matar a pessoa errada. Informações sigilosas da investigação, porque ele sabia que o grupo que cometeu o homicídio não conhecia Penedo direito e não conhecia a vítima", expõe o delegado.

Imagens adquiridas pela Polícia Civil mostram o momento em que quatro homens chegam no Fiat Uno para praticar o homicídio. Três deles descem do carro e um quarto, o motorista, fica dentro do veículo.

O delegado Rômulo Andrade observou que, nas imagens, um deles sai do carro falando ao telefone.

"Quando vê ele ao telefone, conversando com alguém, é justamente o mandante explicando quem eles deveriam matar, para não ter erro. A polícia acredita que a Carolaine correu e eles se precipitaram, assassinando a pessoa errada", comenta a autoridade policial. 

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