ReproduçãoPresos na operação

Após cumprir, nessas quarta e quinta-feira, 11 mandados de prisão preventiva contra suspeitos de envolvimento em estupro, exploração e abuso sexual infantil no Sertão alagoano, a Polícia Civil de Alagoas divulgou mais detalhes hoje. As vítimas tinham entre 2 e 15 anos de idade, informou o delegado Daniel Mayer, nesta sexta-feira, 18.

Todas as 11 pessoas foram presas entre os municípios de Olho D'Água do Casado e Piranhas. "Conseguimos identificar diversas crianças, algumas, inclusive, já estão próximas de atingir a maioridade. Não vamos repassar o número exato porque tentamos resguardar ao máximo essas crianças. O fato é que a mais nova tinha menos de 3 anos, uma notícia de partir o coração, e a mais velha, hoje em dia, completou 15 anos, mas vinha sendo vítima de violência desde os 7 anos. E todas praticadas por pessoas próximas. No caso da bebê de menos de 3 anos, foi por um tio. E da garotinha que agora é adolescente por um padrasto", afirmou o delegado.

De acordo com Daniel Mayer, quatro dos presos são mulheres: três mães e uma avó. "Elas tentaram interferir de forma negativa na condução da investigação e por consequência na ação penal. A interferência se dá na tentativa de descredibilizar as crianças e adolescentes ou até de fazer com que elas neguem palavras que já foram ditas. Seja por qual razão de foro íntimo tenham feito isso, o fato é que é crime e transformam em coniventes essas pessoas que precisavam ser os garantidores".

A operação fez 10 prisões de suspeitos de estupro contra crianças e uma de estupro contra adulto ocorreram. Segundo o delegado, a investigação teve início após atuação do Centro de Referência Especializado de Assistência Social de Piranhas, o CREAS, que realiza trabalho diretamente com as escolas.

"Queremos parabenizar os servidores desta instituição. A partir daí e de outras denúncias, o nosso maior aliado é a população, conseguimos deflagrar investigações e posteriormente coordenar essa operação que resultou no cumprimento de 11 mandados de prisão preventiva. Foram três meses de investigações, sete investigações paralelas e só conseguimos fazer tudo a contento porque existe uma grande parceria. O Ministério Público da comarca de Piranhas teve atuação excepcional, o Poder Judiciário foi bastante diligente e por parte da Secretaria de Segurança Pública contamos sempre com o apoio das polícias", ressaltou Mayer.

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