O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu participou nesta terça-feira (2) de uma sessão especial do Senado para celebrar a democracia brasileira.
A presença de Dirceu no ato marca a volta do petista ao Congresso Nacional após 19 anos.
De acordo com o ex-ministro, ele esteve pela última vez no Congresso quando teve o seu mandato cassado pelo plenário da Câmara, em 2005, no meio do escândalo do mensalão.
Condenado pelo mensalão e em desdobramentos da Operação Lava Jato, Dirceu tem voltado aos holofotes da política desde a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Planalto.
Em março, durante um jantar de comemoração de seu aniversário, Dirceu – "homem forte" do primeiro governo Lula – reuniu diversas autoridades, entre as quais o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
A volta do ex-ministro ao Congresso ocorreu a convite dos organizadores da sessão especial e do Conselho Editorial do Senado, responsável pela organização de um dos livros que foi lançado durante o evento.
Presidente da sessão, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), anunciou a presença do ex-ministro entre aplausos no plenário do Senado.
“Destaco e agradeço a presença, nesta mesa, deste companheiro, que agradeço a Deus a possibilidade de, na minha formação política, ter sido um dos formadores dos melhores momentos do Partido dos Trabalhadores. Meu querido José Dirceu de Oliveira e Silva, ex-deputado federal, militante político da resistência à ditadura entre os anos de 1960 e 1970. Zé é uma honra, para nós, ter você conosco”, disse Randolfe.
Minutos antes do início do ato, José Dirceu foi assediado dentro e fora do plenário principal do Senado. Convidados e servidores da Casa conversaram, pediram fotos e questionaram o ex-ministro sobre o seu retorno à política.
Segundo o blog do Valdo Cruz, durante a comemoração de seu aniversário, convidados mencionaram o nome do ex-ministro como possível candidato a uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026. Publicamente, Dirceu tem desconversado.
Questionado pelo g1, o político disse que o PT precisa, primeiro, pensar em 2024 e em 2025.
"Nós temos que fazer o Brasil crescer, distribuir renda, e o PT terá a renovação da sua direção, processo que quero participar como filiado do PT. Então, quando começar a virar 2025 para 2026, aí vou enfrentar essa questão, se devo ou não ser candidato a algum cargo eletivo, no caso no Congresso Nacional. É muito cedo para tomar uma decisão sobre isso. Não tenho nenhuma intenção de decidir isso sem consultar meu partido, meus companheiros e companheiras e o próprio presidente Lula, se ele me permitir."
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