O número de militares concorrendo às eleições em Alagoas aumentou 57,14%, comparando os pleitos de 2018 e 2022. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), neste ano, 22 militares concorrem a vagas no Executivo ou Legislativo.
Na disputa ao Governo, uma chapa é composta por dois bombeiros militares. Para o Senado, há um bombeiro militar e um policial militar. Disputando uma vaga na Câmara dos Deputados, há três PMs, três bombeiros militares e dois militares reformados.
Concorrendo a deputado estadual, são sete policiais militares, um bombeiro militar e dois militares reformados – além destes, um candidato à reeleição também é PM.
Em 2018, o TSE registrou 14 candidaturas de militares: dois bombeiros militares concorriam a uma vaga na Câmara dos Deputados e 12 à Assembleia Legislativa (oito PMs, dois bombeiros militares e dois militares reformados).
A cientista política Luciana Santana explicou que o crescimento das candidaturas de militares é um fenômeno que teve início em 2013, mas que ganhou força com a eleição de Jair Bolsonaro (PL) à presidência.
“Com certeza a eleição do Bolsonaro acabou incentivando que outros militares pudessem ter a coragem de se candidatar e participar do pleito eleitoral. Mas esse aumento vem acontecendo ao longo dos anos”, citou.
Ela cita que Alagoas tem uma população mais conservadora, com um perfil mais de centro-direita, especialmente a elite: “A elite alagoana é muito de centro-direita, e tem muito a ver com o processo de formação histórica delas”.
“O fato disso acontecer faz com que você tenha uma concentração de eleitores com perfil ou com uma preferência mais alinhada a Bolsonaro do que a outras candidaturas”, ressaltou a cientista política.
Luciana também acrescenta que esse perfil conservador de Alagoas faz com que nomes de militares tenham certa força e potencializa a chance de serem eleitos.
Fonte: Cada Minuto
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