16/02/2021 16:00:59
Brasil
Advogada morta pelo irmão jornalista sofreu sete facadas, diz polícia
As investigações apontam que, após matar Izadora, o irmão teria ido dormir no quarto da mãe
Reprodução

 A advogada Izadora Mourão, encontrada morta no sábado (13), foi assassinada com sete golpes de faca, afirmou o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) do Piauí. O principal suspeito do crime é o irmão da vítima, o jornalista João Paulo Mourão. 

A polícia ainda investiga as motivações do crime, ocorrido em Pedro II, interior do Piauí, mas crê que os dois irmãos tinham desavenças. A mulher foi encontrada morta no quarto do jornalista. A mãe e outros familiares também estão sendo investigados por suspeita de participação no caso.

João Paulo, preso na segunda-feira (15), e não respondeu a nenhuma pergunta feito pelos policiais.

Como foi o crime

A vítima morava com o irmão e a mãe. As investigações apontam que, após matar Izadora, o irmão teria ido dormir no quarto da mãe. Ela, após encontrar a filha ferida no cômodo, ligou para a empregada doméstica da residência e pediu que ela dissesse que uma mulher tinha entrado no local, acrescentando que João Paulo dormia, conforme o delegado do DHPP Francisco Costa, conhecido como Barêtta.

“A mãe, quando tomou conhecimento que a filha estava ferida ou morta, ao invés de ligar para a polícia e chamar o socorro médico, ligou para a faxineira combinando que ela dissesse que João Paulo estava dormindo e que uma mulher teria entrado. Porém, a partir das 7 horas da manhã, ninguém entrou naquela casa”, relatou Barêtta.

No entanto, a polícia não detalhou como se deu o contato entre a mãe do suspeito e a funcionária. Não se sabe se a doméstica foi ouvida pelas autoridades.

O delegado indicou que duas facas foram usadas no crime, com uma ficando com uma tia, e outra, com um primo de João Paulo. “A tia o chamou para entregar a faca. A olho nu, nós já sabemos que tem vestígios de sangue e elas irão passar por exames periciais”, destacou o delegado, afirmando que o crime foi premeditado.

“Eles possuíam umas desavenças, mas isso vai ser delineado nos autos do inquérito policial nos próximos dez dias. A motivação é muito subjetiva. Ele não fala, ele não confessa. Na verdade, ele premeditou o crime. A Izadora, nas últimas forças dela, ela ainda se locomove e deixa claro que o assassino estava próximo dela e dentro de casa”, disse.

Família investigada

A polícia seguirá investigando familiares em razão do repasse de informações equivocadas à investigação. Após o corpo ser encontrado no sábado, a família disse à Polícia Militar que uma mulher chamada Maria teria ido à casa em que a vítima morava. Ainda segundo a família, Maria teria se encontrado com Izadora no dormitório, uma vez que a advogada estava com indisposição. Na versão, a mulher foi a última a ter contato com a vítima.

A polícia acredita que essa narrativa foi inventada para atrapalhar os trabalhos policiais.

Fonte: Diário do Nordeste

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