O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na manhã dexta sexta-feira (29), em frente ao Palácio do Alvorada, que não compete a ele determinar a retomada das aulas nos colégios do país. "A decisão das escolas cabe aos governadores e prefeitos."
Pouco antes, o presidente havia sido questionado por uma menina de 10 anos se ele poderia reabrir as escolas do Brasil, fechadas em março durante a pandemia da covid-19 para frear o avanço do novo coronavírus.
Na rápida conversa com simpatizantes do governo, Bolsonaro voltou a defender também o fim do exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). "Fez faculdade tem que trabalhar, Não tem que fazer exame de ordem, que é um caça níquel muitas vezes."
Um advogado que se disse representante da Associação Brasileira dos Bacharéis de Direito pediu ajuda ao presidente para tentar passar a lei que permite o exercício da profissão sem o exame da ordem. "O Eduardo Cunha [ex-deputado federal do Rio] tentou passar esse projeto, mas mesmo com toda a força que ele tinha, não conseguiu", comentou Bolsonaro.
Em outro momento, um senhor pediu providências ao presidente em relação ao Estado do Pará. Segundo ele, a população sofre com o atual governador (Helder Barbalho, do MDB). "Vamos lá, se coloca no meu lugar. Passa por cima do Supremo?", respondeu Bolsonaro.
O mesmo apoiador defendeu uma "atenção" da Polícia Federal (PF) para tirar o governador do Pará. Bolsonaro disse: "PF, PF tá sempre pronta para dar uma força para quem tiver aí, suspeito".
Menos tenso do que ontem, quinta-feira (28), quando fez duras críticas à operação da PF determinada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) contra uma suposta rede de fake news, o presidente evitou dessa vez comentar o assunto mesmo quando, por duas vezes, o tema foi citado por apoiadores.
No fim da rápida passagem, um homem (Comandante Winston, do canal do YouTube Cafezinho com Pimenta) que se disse alvo da PF na quarta-feira (27), e que afirmou que os agentes levaram arquivos importantes de seu trabalho, agradeceu Bolsonaro pelas palavras ditas contra a operação. Ele também disse que a esposa chorou muito e o filho teve que tomar calmante.
O presidente o cumprimentou sem se aproximar e não fez qualquer comentário.
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