19/08/2022 10:07:47
Brasil
Câmara de Vereadores do Rio cassa mandato de Gabriel Monteiro
Ex-policial e youtuber foi cassado por quebra de decoro parlamentar por causa de acusações de estupro, assédio sexual e vídeos forjados para a internet
Brasil de Fato
Redação com G1

 A cassação do ex-policial e youtuber Gabriel Monteiro foi publicada no Diário Oficial da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro na manhã desta sexta-feira (19). Ele teve o mandato de vereador cassado por 48 votos no fim da noite de quinta (18). Ainda assim, ele poderá se candidatar ao cargo de deputado federal nas próximas eleições.

A perda do mandato de Monteiro se deu por quebra de decoro parlamentar por causa de acusações de estupro, assédio sexual e vídeos forjados para a internet.

A sessão que determinou a cassação teve início às 16h desta quinta-feira (18) no plenário e terminou às 22h23.

Entre os 50 vereadores, 48 votaram pela perda do mandato. Os dois votos contrários à foram do próprio Monteiro e do vereador Chagas Bola (União Brasil - RJ).

No entanto, como a cassação se deu depois do prazo para registro de candidatura, o youtuber conseguiu fazê-lo com toda documentação lícita.

Gabriel Monteiro é réu em dois processos criminais. Em maio, ele passou à condição depois que a Justiça aceitou a denúncia feita em abril pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) por filmagem feita por ele de relações sexuais com uma adolescente.

No final de junho, o MPRJ também denunciou o vereador por importunação sexual e assédio sexual. Nesse caso, a investigação apurava os possíveis crimes contra a ex-assessora do parlamentar Luiza Caroline Bezerra Batista, de 26 anos.

O clima durante a sessão foi marcado pela manifestação de pessoas favoráveis e contrárias ao processo de cassação nas galerias da Câmara de Vereadores.

Como os processos a que responde ainda não foram julgados, Monteiro segue sendo ficha limpa, outra condição para concorrer a um cargo público.

TRE ainda analisa candidaturas

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ainda vai analisar a legalidade das candidaturas apresentadas até o dia 12 de setembro. Questões éticas podem ser analisadas, assim como possíveis pedidos de impugnação de candidatura - o que já existe contra Gabriel -, e os respectivos recursos.

Passado esse último crivo, a canditatura estará apta para seguir ou não.

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