A polícia encontrou na tarde de quarta-feira três corpos enterrados em uma casa no bairro Itamarati, em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio. As vítimas teriam sido assassinadas em março de 2017 e foram previamente identificadas como Maria Rosana Barboza e seus dois filhos, Rodrigo e Germano. Eles tinham respectivamente 57, 35 e 32 anos quando morreram. A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) investiga o caso.
Os corpos foram encontrados após a morte do dono da casa, identificado como Gilnei, que teria sido companheiro de Maria e cometeu suicídio no dia 23 de dezembro de 2020. O filho dele foi até a residência, localizada na Rua Doutor Francisco Machado, para fazer uma limpeza no local e encontrou uma carta que teria sido escrita pelo próprio pai, na qual ele afirma que enterrou os corpos das três pessoas há quase quatro anos no quintal.
O homem então recorreu à 71ª DP (Itaboraí).
Com a ajuda de Bombeiros, os policiais encontraram os corpos numa área cimentada, que tinha a inscrição "estão aqui". Em seguida, o caso foi encaminhado para a DHNSGI. Segundo o delegado responsável pela investigação, Leonardo Affonso, ninguém procurou a polícia para registrar o desaparecimeto das vítimas.
— Na carta ele conta que encontrou as vítimas já mortas ao chegar na casa e teria enterrado no dia seguinte por medo do que a polícia iria concluir na investigação. Isso é o que está escrito, mas tudo indica que ele seria o autor dos três homicídios. Ele escreveu que não 'aguentava mais viver, que esse sentimento era muito ruim'. Era ex-policial militar e teria sido expulso da corporação por ter cometido um homicídio — afirmou o delegado.
No texto o homem ainda diz que não tinha motivos para cometer o assassinato, mas acreditava que seu passado o comprometeria. Ele afirmou que teria enterrado os três sem ajuda de ninguém e pediu perdão pelos erros cometidos em vida.
Segundo Affonso, ainda serão realizados exames de DNA para confirmar a identidade dos corpos. A polícia também deve procurar por parentes das vítimas, a fim de apurar o que teria motivado o crime.
Fonte: Extra
E-mail: [email protected]
Telefone: (82) 9-9672-7222