Uma cuidadora e uma idosa de 84 anos foram encontradas mortas dentro de um apartamento no bairro de Fátima em Fortaleza, na noite dessa terça-feira (2). Conforme a reportagem do Diário do Nordeste apurou com moradores do residencial, o irmão de 83 anos da idosa assassinada seria o principal suspeito. Agentes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foram ao local do crime realizar interrogatórios.
O corpo da idosa teria sido encontrado na cama, enquanto a cuidadora foi morta no sofá. As informações são de residentes do condomínio, que inclusive encontraram as vítimas. A cuidadora foi identificada como Themis Araújo, de 62 anos. Ela deixa um filho de 33 anos.
Relatos são de que o irmão da idosa era agressivo e impedia familiares de manter contato com ela. Vizinhos telefonaram para parentes da senhora e depois conseguiram entrar no apartamento, quando foram informadas pelo homem que ela estava morta.
Irmão manteve idosa trancada
Ainda conforme testemunhas, além de impedir familiares e vizinhos de ter informações, o homem mantinha a irmã e a funcionária trancadas no apartamento. "Ele bloqueou todo e qualquer acesso telefônico e até interfone ele desligou", relatou o professor Ricardo Carvalho Araújo, irmão de Themis.
Possível envenenamento
Ricardo Carvalho esteve no apartamento e reconheceu o corpo da irmã, que trabalhava há dois anos cuidando da senhora de 84 anos. Segundo ele, não havia sinais de violência nos corpos, o que será comprovado com autópsia. Para o professor, a suspeita é de que as vítimas tenham sido envenenadas.
A Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) esteve no local e já retirou os corpos das vítimas. Segundo a Pefoce, nenhum sinal de violência aparente foi encontrado. A causa das mortes só será conhecida após resultado de laudo.
O irmão da idosa foi encaminhado, na presença de um familiar, até a sede da DHPP, da Polícia Civil do Ceará (PCCE), onde foi ouvido. Conforme as autoridades, inicialmente não há indício da participação dele nas mortes. As autoridades coletaram material genético e solicitaram mais exames. Com inquérito instaurado, a Polícia Civil segue realizando diligências.
Fonte: Diário do Nordeste
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