Dez ações de despejo na Justiça têm como alvo unidades da varejista Marisa, por inadiplência em contratos de aluguel dos imóveis. As ações foram movidas a partir de fevereiro deste ano, quando a companhia admitiu a incapacidade de pôr as contas em dia, que somam cerca de R$ 600 milhões.
O levantamento foi publicado pelo jornal Estado de S. Paulo. A ação mais recente é do início deste mês, pedindo o pagamento de uma dívida de R$ 413.113,32 em aluguel. No total, o valor das 10 ações chega a R$ 10,1 milhões.
Questionada pela reportagem, a Marisa informou por nota que já renegociou contratos com vários fornecedores, incluindo locadores de imóveis. “Essas renegociações estão, em sua maior parte, concluídas, sendo certo que a companhia vai procurar uma composição amigável com toda sua ampla rede de parceiros”, escreveu.
Pedidos de falência
Na semana passada, a varejista teve de lidar com pedidos de falência que vieram a partir de três credores, que cobram o pagamento de R$ 800 mil.
O novo presidente da Marisa, João Pinheiro Nogueira Batista — o quarto a ocupar o cargo em menos de um ano —, tem ido às filiais que decidiu fechar para cortar gastos em gesto de respeito aos funcionários demitidos. Cada loja emprega cerca de 20 trabalhadores.
O caso da Marisa surge depois do rombo bilionário nas Lojas Americanas, que acabou deixando os bancos mais criteriosos na concessão de crédito para as varejistas.
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