A esposa do personal trainer que agrediu o ex-morador de rua Givaldo Souza, de 48 anos, já recebeu alta do HUB (Hospital Universitário de Brasília). A mulher, de 33 anos, concluirá o tratamento em casa, mas continuará tendo consultas periódicas com psicólogos e psiquiatras. Além disso, ela faz acompanhamento para pacientes vítimas de violência sexual no ambulatório da rede pública.
De acordo com a advogada que representa o casal, Auricélia Vieira, a mulher está em fase de atenuação dos efeitos do surto psicótico. "Ela está bem. Está em adaptação aos medicamentos. Sente os efeitos colaterais, mas responde bem ao tratamento", afirmou.
Ainda de acordo com a defesa, ela está sob os cuidados do marido, o personal Eduardo Alves, de 31 anos, e do restante da família. "O casal ainda não voltou à vida normal. Isso ainda não é possível por causa da repercussão do caso. O Eduardo está desempregado, sem contratos, somente com o Instagram ativado para conseguir vender atendimento online. Mas não tem conseguido."
O caso
Na noite de 9 de março, o personal trainer Eduardo Alves flagrou a esposa fazendo sexo com o ex-morador de rua Givaldo Alves de Souza dentro de um carro. O profissional espancou Givaldo por acreditar que a mulher estava sendo vítima de um estupro.
A cena foi filmada por câmeras de segurança. Diante da gravidade das agressões, o ex-morador de rua foi levado para o Hospital Regional de Planaltina, onde permaneceu por três dias. Após a recuperação, ele foi conduzido a um abrigo em Ceilândia, também no Distrito Federal.
A esposa do personal teria se envolvido na situação após sofrer um surto psicótico, segundo o marido. Em seguida, ela foi internada.
Laudo
A Record TV teve acesso ao laudo da paciente. O relatório psiquiátrico aponta para a "hipótese diagnóstica de transtorno afetivo bipolar em fase maníaca psicótica".
Segundo o texto, a mulher foi levada ao pronto atendimento do Hospital Regional de Planaltina no dia 10 de março "devido às alterações de comportamento descritas e por ter se envolvido em relação sexual com pessoa em situação de rua motivada pelo quadro delirante".
O documento foi assinado por um psiquiatra da UnB (Universidade de Brasília) no dia 15 de março, seis dias depois do caso. No documento costa ainda que "a paciente não é capaz de responder por si, tampouco de exercer vários atos da vida civil, em especial o de assinar documentos e procurações, assim como o de celebrar contratos ou contratar serviços de qualquer natureza".
Fonte: Agência Brasil
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