05/06/2023 17:02:29
Brasil
Família denuncia que criança teria sido queimada por colegas em escola
Vítima teria sofrido queimadura com produto químico, segundo equipe do Hran
ReproduçãoFamília do menino contesta as versões do órgão e do colégio
Redação com Metrópoles

A família de um menino de 6 anos denuncia que a criança teria sofrido queimaduras causadas por uso de produto químico, na Escola Classe (EC) 1 do Porto Rico, em Santa Maria. O caso ocorreu na última quinta-feira (1º/6), supostamente causado por colegas da vítima.

Ao Metrópoles, Luciene Batista de Carvalho, 32 anos, tia da criança, contou que, no dia do ocorrido, a avó do menino buscou-o no colégio, após gestores da escola entrarem em contato com a família e dizerem que ele chorava de dor durante aula.

“Minha mãe imaginou que ele estava com dor de barriga ou algo assim, pois nenhum funcionário da escola falou para ela o motivo de ele passar mal. Inclusive, nem a deixaram [a avó] entrar na escola. Só o levaram até o portão de entrada, com a roupa toda suja com o que parecia ser algum produto de limpeza”, relatou Luciene.

Porém, quando a avó do menino chegou em casa com ele, descobriu que o mal-estar seria por causa de algo mais sério: uma queimadura na região das nádegas.

“Ele reclamava de muita dor nas costas. Quando tiramos o uniforme, vimos o bumbum dele muito machucado. Para nós, ele contou que alguns coleguinhas o haviam segurado e derramado alguma substância líquida nas costas dele, o que causou a ardência depois”, detalhou a tia.

Luciene acrescentou que a mãe da criança levou o menino para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santa Maria, mas receberam orientação de buscar o Hospital Regional da Asa Norte (Hran), referência no tratamento de queimaduras.

“No hospital, o médico fez exames e constatou se tratar de queimadura que poderia ter sido causada pelo uso de algum produto químico, como soda cáustica”, comentou Luciene.

Por meio de nota, a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF) informou que, segundo a equipe gestora do colégio, o estudante havia chegado à escola com dores e tinha machucados nas costas.

“A família foi chamada à escola, e o Conselho Tutelar, acionado. A pasta afirma, ainda, que os alunos não têm acesso a produtos químicos nas unidades escolares e reforça que prestará todo o apoio necessário para o estudante e para que os fatos sejam esclarecidos”, destacou a SEDF, em nota.

No entanto, a família do menino contesta as versões do órgão e do colégio. “No dia seguinte ao ocorrido, minha irmã foi à escola para saber o que tinha acontecido com o filho dela. Falaram que ele teria sido arrastado pelo pátio por alguns colegas durante uma brincadeira”, comentou a tia.

O Conselho Tutelar também procurou a família, segundo Luciene, e prestou apoio para a mãe da criança registrar um boletim de ocorrência na 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria). “Ele não quer voltar para a escola de jeito nenhum. Por causa de toda a situação, vamos transferi-lo”, completou a tia.

Em nota, o Conselho Tutelar de Santa Maria informou que acompanha o caso. A 33ª DP comunicou que não passará detalhes sobre as investigações, por se tratar de ocorrência que envolve menor de 18 anos, mas confirmou que apura o ocorrido. 

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