Na sexta-feira (27) um homem de 34 anos foi preso pela Polícia Civil do Ceará após cometer estupros em série há ao menos seis meses em Fortaleza.
Segundo as denúncias de dez vítimas, Paulo Henrique Santos Monteiro se passava por mãe de um menino autista nas redes sociais e oferecia emprego a babás. Ao encontrá-las pessoalmente, ele as levava para um terreno baldio e as violentava.
Em conversa virtual com as candidatas, Paulo chegava a pedir fotos dos seios das mulheres, sob a justificativa de que a criança tinha necessidade de mamar no peito.
– Ele alegava que tinha um filho de 9 anos e que esse filho, por uma questão de dependência emocional, tinha necessidade de mamar nos seios, no caso da mãe, que seria a pessoa que estaria contratando. Só que a mãe estaria trabalhando. […] Ele perguntava a algumas babás se havia possibilidade, se ela iria permitir ao filho não só tocar nos seios, mas eventualmente fazer a mama, como diz, ainda que não saísse leite. Segundo ele, o filho tinha essa dependência – conta a delegada Ana Nery, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Fortaleza, em coletiva de imprensa nessa segunda-feira (30).
Após ganhar a confiança da vítima, o homem marcava um encontro para que a candidata à vaga de babá conhecesse a criança. Ainda se passando pela falsa mãe, ele alegava que o pai do menino ia buscar a candidata de carro. Ele mesmo comparecia ao local e, já com a vítima no automóvel, a levava até um terreno abandonado, onde cometia o estupro.
– É algo muito sério [cometido contra] pessoas que estavam à procura de emprego e acabavam sendo ludibriadas por conta da vulnerabilidade financeira que estavam vivendo e acabavam caindo nessa conversa – afirma Nery.
As autoridades prenderam Monteiro em flagrante no bairro Carlito Pamplona. Em depoimento, ele confessou os crimes. Foram apreendidos quatro celulares e uma câmera fotográfica com conteúdos pornográficos suspeitos das vítimas, além de crianças e adolescentes.
Paulo foi autuado pelo crime de registro não autorizado da intimidade sexual e também por adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente.
Fonte: Pleno News
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