A ex-mulher do jogador de futebol Carlinhos afirmou, em depoimento à polícia, que ele esteve em sua casa por pelo menos quatro horas no último domingo (3/12), período em que o atleta matou o atual namorado de sua ex e a violentou sexualmente, conforme o relato.
Carlos Guilherme de Oliveira é procurado pela Polícia Civil de Jandira, na Grande São Paulo, desde o dia do crime. Segundo a ex-mulher, o atleta e ela ficaram juntos por cerca de oito anos, e o rompimento foi recente.
O casal tem dois filhos menores, que ficam sob a guarda da mãe. Contudo, na véspera do crime, dia de visita, Carlinhos os levou supostamente para a casa dele. As crianças não estavam presentes durante a invasão, segundo o depoimento da mulher.
Conforme relato da ex-mulher à polícia, o relacionamento dos dois “sempre foi conturbado”, e o jogador “já a agrediu em outras oportunidades”. No entanto, a vítima nunca registrou as violências sofridas, diz o boletim.
O crime
A mulher contou que estava dormindo com o atual namorado quando, por volta das 6h de domingo, foi acordada com o jogador “em cima” de seu parceiro. O depoimento aponta que Carlinhos agrediu o homem com “golpes de faca e marreta”.
Após as agressões, o jogador teria ordenado a mulher a ir para a sala, enquanto o namorado “ficou agonizando no colchão”, diz o relato. De acordo com os policiais que atenderam a ocorrência, a vítima, o colchão e a cama do quarto estavam “bastante ensanguentados”.
Na sala, o jogador teria forçado a mulher a ter relações sexuais com ele, segundo o depoimento. Ela também contou que ficou sob domínio de Carlinhos até 10h da manhã, e que o atleta queria levá-la com ele.
A mulher contou que conseguiu se desvencilhar no momento em que Carlinhos subiu em sua moto. Ela disse à polícia que fechou o portão e chamou por seu irmão.
O caso foi registrado como homicídio, estupro, sequestro e cárcere privado pela Delegacia de Jandira, que ainda tenta localizar o jogador.
Dispensado pelo clube
Carlinhos havia sido contratado pelo Taubaté para disputar a próxima temporada do clube em 2024. Em São Paulo, o atleta tem passagens por São Bernardo, Primavera e Atibaia.
Ele também passou pelo Boa Esporte Clube, do Triângulo Mineiro, e Floresta Esporte Clube, de Fortaleza.
O Metrópoles entrou em contato com o Taubaté, que informou ter tomado conhecimento do caso pela imprensa. Em nota, o time disse que ainda não conseguiu falar com o atleta e suspendeu, preventivamente, as atividades dele no clube.
“O Taubaté informa que acompanha o caso, que está sendo apurado pelas autoridades competentes, e preventivamente suspende as atividades do atleta no clube”, diz a nota.
A reportagem não conseguiu localizar a defesa do suspeito. O espaço segue aberto para manifestações.
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