Uma jovem de 22 anos foi resgatada por policiais militares do 12º BPM (Niterói) da casa dos sogros, em Várzea das Moças, na Região Oceânica de Niterói, Região Metropolitana do Rio, no último domingo. Ela era mantida em cárcere privado e foi estuprada e torturada na residência. O casal agressor foi preso e levado para a 76ª DP (Centro).
— Foi muita crueldade o que fizeram comigo. O tempo inteiro eu fico pensando em tudo o que aconteceu. Não consigo dormir, passo as noites em claro. Agora, só quero que eles paguem — contou a vítima.
Os PMs estavam na Alameda São Boaventura, no Fonseca, também em Niterói, quando foram acionados pela mãe da vítima. Ela pediu que os agentes a acompanhassem até a casa dos sogros da filha, após um amigo da jovem a procurar para contar o que estava acontecendo.
Eles foram até o Condomínio Via Mar, na Estrada Velha de Maricá. Ao chegarem ao local, a mãe e os policiais encontraram a vítima com vários hematomas pelo corpo. Ela contou que estava sendo agredida desde o último dia 22 deste mês, quando havia se mudado para a casa dos sogros para ficar mais perto do presídio onde o namorado se encontra preso pelo estupro de uma criança de 4 anos.
— A minha filha conheceu esse homem em rede social. Não sei como, mas ele tem acesso a celular no presídio. E, no decorrer do tempo, ela foi sumindo. Eu não conseguia mais falar com a minha filha. Ela (a sogra) tomou conta do telefone e das redes sociais da minha filha e a forçava a postar fotos dizendo estar bem — contou a mãe da jovem que começou a investigar o caso por conta própria.
De acordo com ela, a sogra da filha a forçava a manter relações com o marido. A jovem também era obrigada a limpar a casa:
— Minha filha acordava à base de puxão de cabelo e soco na cara. Ela está desfigurada. Ela ia matar minha filha. Ainda tenho medo de ela fazer isso.
O socorro neste domingo aconteceu graças a um momento de distração do casal: a jovem conseguiu entrar em contato com um amigo, que logo avisou sua mãe.
— Fui à delegacia de Vicente de Carvalho, mas lá disseram que não tinha equipe para ir até a casa onde minha filha estava. Acabei indo para Niterói e achando esses policiais, que se revoltaram quando contei o que estava acontecendo e me acompanharam. Sou muito grata a eles — disse a mulher.
Fonte: O Globo
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