13/02/2023 11:38:17
Brasil
OVNIs no Rio Grande do Sul eram satélites da Starlink
Em 2022, pilotos de avião avistaram luzes não identificadas no céu em Porto Alegre. Ao todo, 54 equipamentos do grupo Starlink foram registrados no estado no final de outubro
Reprodução
Redação com G1

 Luzes não identificadas vistas no céu em Porto Alegre despertaram a curiosidade da população do Rio Grande do Sul no final de 2022. Após relatos de pilotos de avião que avistaram as luzes por seis dias consecutivos, especialistas chegaram ao que acreditavam ser a causa mais provável: satélites que se deslocam em órbita baixa. Mais especificamente, os Starlink (saiba mais abaixo).

No começo deste mês, as luzes foram vistas novamente não só em Porto Alegre, mas em outras cidades do Rio Grande do Sul. O assunto voltou a ser comentado nas redes sociais depois que balões e objetos não identificados começaram a ser vistos na América do Norte e mobilizaram as forças aéreas dos Estados Unidos e do Canadá. Na China, um objeto voador não identificado foi visto e o país disse que vai abatê-lo. Já no Uruguai, a força aérea do país investiga luzes intermitentes no céu.

Um total de 54 equipamentos do grupo Starlink G4-36 passou pelo Rio Grande do Sul no final de outubro. A empresa SpaceX fez o lançamento dos equipamentos a partir do Complexo de Lançamento Especial na Estação de Cabo Canaveral na Flórida, nos Estados Unidos.

"A hipótese mais plausível, até o momento, consiste em essas luzes possuírem como fonte luminosa esses satélites. Esses novos modelos podem refletir muito mais a luz solar", conta o responsável pelo Observatório Espacial Heller & Jung, em Taquara, Carlos Jung.

Jung, que também é coordenador do curso de Engenharia de Produção das Faculdades Integradas de Taquara (Faccat) e diretor da Região Sul da Brazilian Meteor Observation Network (Bramon), conta que essa hipótese foi levantada após analisar imagens de diferentes fontes e relacioná-las com dados de bases nacionais e internacionais.

O físico Felipe Ben concorda. Apesar disso, sinaliza que essa é uma hipótese para o fenômeno que, até então, não havia sido observado por pilotos habituados com diferentes luzes no céu.

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