Aurélio José Osolinski, pai de Kameron Odila Gouveia Osolinski, de 11 anos, disse em entrevista à Banda B neste sábado (29) que nunca suspeitou que o padrasto da filha pudesse estar fazendo algo contra ela. O homem é suspeito de ter estuprado e matado a enteada, que teve o corpo encontrado na região do Mirante, em Guaraqueçaba, no Litoral do Paraná, na quinta-feira (27).
“Eu não tinha suspeita, porque em todos os momentos em que a Kameron estava comigo, ela não esboçava reação de nenhum tipo de abuso e de nem um tipo de maus-tratos, nenhum indício de que estivesse acontecendo algo com ela. Eu perguntava para ela como era o relacionamento com o padrasto e sempre parecia ser algo normal”, contou o pai da garota.
O familiar afirmou estar chocado ainda com a notícia da morte da filha e que está sob o efeito de medicamentos. Kameron foi sepultada neste sábado no Cemitério Municipal Santa Cândida, em Curitiba.
Aurélio estava separado da mãe de Kameron há muitos anos. A menina morava com a mãe e encontrava em alguns dias o pai, que mora em Pontal do Paraná, também no litoral do estado.
“Até por sinal, a mãe me falou que na sexta ela ia mandar a Kameron pra minha casa, porque ela pediu pra me ver. Ainda estou em choque, ao meu ver quem faz isso com uma criança é um monstro. Não tenho como explicar essa situação, o que pode ter acontecido, o que levou a isso. A gente pede que justiça seja feita, a família e a comunidade onde ela morava estão indignados”, revelou.
Confissão
O padrasto de Kameron foi preso novamente na manhã deste sábado em Paranaguá, no Litoral do Paraná. Ele havia sido solto na noite de sexta-feira (28) após decisão judicial.
Em entrevista ao JB Litoral, a Cabo Oliveira, da Polícia Militar, contou que a PM foi acionada para atender a uma ocorrência que chegou como invasão de domicílio. Quando a equipe chegou ao local, o padrasto de Kameron veio até os policiais e falou que gostaria de se entregar. Ele queria confessar o assassinato da enteada.
O homem estaria com medo de morrer e decidiu se entregar para resguardar a própria vida.
Estupro
O delegado Nilson Diniz, da Delegacia da Polícia Civil de Paranaguá, disse em entrevista coletiva, poucas horas depois da segunda prisão do suspeito, que a menina foi morta após ser estuprada pelo padrasto. Em depoimento, o padrasto confessou que percebeu após o estupro que a vítima estava morta.
“Ele percebeu que a vítima já se encontrava morta e teria tentado ocultar o corpo. Como todos já sabem, esse fato não foi comunicado a mãe da vítima. Com a ausência da filha, ela comunicou o fato à Polícia Militar”, completou o delegado.
O pedido de prisão preventiva do padrasto já foi entregue à Justiça.
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